Fim da linha para o Paços de Ferreira na Europa. A equipa de Paulo Sérgio precisava de inverter a eliminatória com o Bnei Yehuda, mas a fraca finalização e contra-ataque israelita negaram os intentos portugueses. Mas não foi só por aí que os castores perderam em Guimarães, casa emprestada. A primeira parte, apesar de maior posse de bola, foi fraca, com três situações de remate desperdiçadas. Era necessário haver mais pressão sobre o adversário e melhor futebol entre as linhas.
O primeiro minuto, melhor, a jogada inicial mostrou que o Bnei Yehuda não vinha para brincadeiras. Paulo Sérgio tinha avisado que um golo sofrido podia deitar tudo a perder e, desde o momento que o juiz apitou para o começo do encontro, os israelitas foram em busca dele. Não de uma forma qualquer, mas sim calculista, com transições rápidas. Aos 40 segundos de jogo, já o capitão Baldut assustava Cássio, com um cabeceamento ao lado.
O Paços respondeu de imediato. Leandrinho teve o 1-0 na cabeça, mas atirou muito mal, quando estava sozinho na área contrária. Podia não ser definitivo aos cinco minutos, mas esse lance acabou por marcar o encontro. O Paços falhava na hora H e quando assim é...
Os pacenses abusaram do pontapé longo, quase sempre à procura de Cristiano. Só que o camisola dez não dá para tudo. Quando criava alguma coisa, Romeu ou Leandrinho não finalizavam.
Do outro lado, esperava-se pacientemente para pelo golpe fatal. Surgiu a seguir ameia hora. Galvan teve trabalho excelente, passou por dois defesas portugueses com um toque de calcanhar e serviu Atar para o 1-0. Ao intervalo, o Paços estava em péssima posição na eliminatória.
Paulo Sérgio corrige, Paços ameaça
Os pacenses sabiam que tinham de marcar três golos para evitar a eliminação. Por isso, Paulo Sérgio lançou William para o ataque, tirando o perdulário Leandrinho. Só que os minutos iniciais não demonstraram grandes melhorias, não fora um remate de Baiano, ao lado. Aliás, o Bnei Yehuda até assustou, com Cássio a arriscar numa jogada com os pés.
Paulo Sérgio teve de mudar de novo, corrigiu o equívoco de ter dado a lateral direita a Filipe Anunciação (Baiano fez melhor) e lançou Carlitos para o lado direito. No entanto, seria do lado contrário que o perigo surgiria, com Jorginho a ameaçar primeiro, num remate, e depois a cruzar para um falhanço incrível de Romeu (seguir-se-iam outros dos pacenses). Voltava a sina da má finalização, tantas vezes a razão que deitou por terra aspirações portuguesas. Para o Paços não foi diferente. Embora tenha dominado e até criado, os pacenses nunca tiveram pontaria para ficar na Europa.
Ficha de jogo:
Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães
Assistência: 1649 espectadores
Árbitro: Aleksandar Stavrev (Macedónia)
P.FERREIRA: Cássio; Filipe Anunciação (Carlitos, 63), Ozeia, Kelly (Mário Rondon, 72) e Jorginho; Leonel Olímpio e Pedrinha; Baiano, Leandrinho (William, 46) e Cristiano; Romeu Torres
Suplentes não utilizados: Coelho, Fábio Pacheco, Pedro Queirós, e Manuel José.
BNEI YEHUDA: Aiyenugba; Iztik Azuz, Ivan Garrido, Din Mori e Kfir Edri; Maharan Radi e Abu Zaid; Liroy Zhairi (Sinisa Linic, 74), Pedro Galvan (Omri Afek, 66) e Baldut; Elran Atar.
Suplentes não tuilizados: Ran Kadoch, Nitzan Aharonovich, Moshe Biton, Aviv Hadad e George Imses.
Ao intervalo: 0-1
Disciplina: cartão amarelo a Filipe Anunciação (28), Atar (28), Ozeia (40), Kelly (50), Cristiano (53), Din Mori (64) e Abu Zaid (80)
Marcadores: 0-1, por Atar (31)