A admiração mútua tem cerca de duas épocas, iniciando-se quando Paulo Sérgio passou pelo Vilafranquense (1987/88). Seguiu-se o Belenenses, mas a amizade perdurou e o actual treinador do Paços de Ferreira passou a ser acompanhante regular do grupo. Certa vez, em Tolosa, pediu um fato emprestado a Paulo Paulino e decidiu enfrentar um touro.
«Correu bem, até ganhei um prémio, mas sou apenas um aficionado do grupo. Nunca me consideraria um forcado por ter feito aquilo, pois os forcados merecem-me o máximo de respeito. Sou um aficionado e um grande amigo do grupo. Aliás, mesmo depois de ter ido para o Belenenses, voltei várias vezes a Vila Franca para estar com eles», começa por dizer.
Caló, figura incontornável dos Forcados de Vila Franca, cedeu duas fotografias que perpetuam a experiência corajosa de Paulo Sérgio. Nessa altura, os forcados despertavam a curiosidade de vários jogadores de futebol. Sérgio Cruz, actual adjunto de Paulo Sérgio, Mauro Airez, Fernando Mendes e Hernâni também marcavam presença nas «garraiadas».
Um exemplo para os jogadores
Paulo Sérgio admite que a bravura dos forcados já serviu para motivar jogadores das suas equipas. «Lembro-me de um exemplo marcante, em que um forcado ficou desmaiado no chão e o touro preparava-se para investir, mas por duas vezes o grupo conseguiu unir-se e impedir isso, demonstrando extrema coragem. Já usei, em algumas ocasiões, essas imagens nas palestras com os meus jogadores», refere.
Aqui fica as imagens a que Paulo Sérgio se refere, onde o forcado Carlos Carvalho tem de ser protegido pelo seu grupo:
O treinador do P. Ferreira poderá repetir a fórmula para o Estádio do Jamor, contando desde já com o apoio incondicional dos Forcados de Vila Franca. «Temos a Corrida TV em Coruche, no dia 30, mas no dia seguinte lá estaremos a torcer pelo Paços e pelo Paulo Sérgio», promete Caló, antigo forcado e padrinho de casamento do técnico.
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