Djalmir

Decisivo. A experiência permite-lhe evitar corridas desnecessárias. Ocupa os terrenos certos e, quando tem espaço, atira. Esta tarde foi assim que fez o golo do Olhanense. Antes havia permitido a defesa a Cássio, mas à segunda não foi em tamanha veleidade. No segundo tempo fez o mesmo. Atirou primeiro ao poste e depois, voltou a não perdoar. O verdadeiro abono de família dos algarvios, cessa uma temporada marcada por lesões em grande estilo.

Rui Baião

De processos simples, mas muito certeiro. Uma abertura majestosa para o segundo de Djalmir foi a face mais visível de uma exibição recheada de pormenores que poderiam ter feito a diferença. Se não fizeram, nem sempre a culpa foi dele.

Leonel Olímpio

Não fosse uma ou outra decisão errada e seria um jogo exemplar. Exibição muito boa deste médio brasileiro. Mais uma aliás. Com várias arrancadas pelo centro, passes a rasgar e sem medo de tentar o remate, Leonel Olímpio fez do encontro desta tarde a síntese do que foi a sua temporada: consistente. Um nome, certamente, a ter em conta, pese a segunda parte mais apagada.

Romeu Torres

Finalmente matador. O toque de bola e a inteligência eram características que já lhe eram conhecidas. Faltava ser mais eficaz na hora do remate, até porque é de golos que vive um avançado. Esta tarde marcou na primeira ocasião que dispôs. Aos 22 minutos, voltou a aparecer solto na área, mas, desta feita, sem o mesmo sucesso. Teve, por fim, o golo nos pés sob o cair do pano. Fez tudo bem, tirou um chapéu que parecia perfeito. Errou na pontaria por centímetros.

Maykon

Regressou à lateral esquerda e voltou a estar em grande. Vinha atravessando um período de menor fulgor, mas fechou o campeonato com nota positiva. Bem positiva, aliás. O Paços de Ferreira privilegiou o flanco esquerdo para colocar bolas na área e Maykon formou uma dupla terrível com Pizzi que muitas dores de cabeça deu a Tengarrinha. No fecho do primeiro quarto de hora teve o golo nos pés, após combinação com Leonel Olímpio, mas o remate saiu-lhe mal.