P.S. (Para Seguir) é um espaço assinado pelo jornalista Nuno Travassos, que pretende destacar jogadores até aos 21 anos.

A caminho do terceiro ano consecutivo sem o título holandês, mas nas meias-finais da Liga Europa, o Ajax tem uma das equipas mais promissoras do futebol europeu, com uma média de idades muito baixa.

Depois de Abdelak Nouri e Matthijs de Ligt, já elogiados esta época no «P.S. – Para Seguir», desta vez o destaque vai para Vaclav Cerny, avançado checo de apenas 19 anos.

Contratado ao FK Pribram por 750 mil euros, Cerny comprometeu-se com o Ajax em janeiro de 2013. Por questões regulamentares apenas se mudou para Amesterdão um ano depois, mas antes disso teve a oportunidade de representar o emblema holandês na “sua” Future Cup.

Cerny marcou três dos cinco golos com que o Ajax «despachou» o Benfica nas meias-finais do torneio. Na assistência estava Frank de Boer, então treinador da equipa principal (para além do antigo guarda-redes Edwin van der Sar).

Cerca de dois anos depois, em agosto de 2015, Cerny foi lançado por Frank de Boer na equipa principal do Ajax, frente ao Willem II.

Ao segundo jogo teve a estreia europeia, e logo contra uma equipa do seu país, o Jablonec. Foi na Liga Europa que marcou o primeiro golo, a garantir a vitória do Ajax no reduto do Celtic, ao minuto 87 (1-2).

Cerny fez nove jogos em 2015/16, registo que já superou na presente temporada (soma dez jogos nesta altura), apesar de um problema nas costas que o afastou dos relvados por um mês e meio.

Ao ser utilizado preferencialmente pelo lado direito do ataque, no tradicional 4x3x3 do Ajax, o internacional sub-21 checo torna-se mais imprevisível. Sempre disposto a jogar ao primeiro toque, mas também muito perigoso a partir para o drible. Extremamente rápido a procurar a linha de fundo, mas também muito acutilante a explorar o corredor central.

Com apenas 19 anos, Cerny é uma das maiores esperanças do futebol checo, e a prova disso é que recebeu o prémio «Talento do Ano» daquele país em 2015. Curiosamente, no ano seguinte a distinção foi para Patrik Schick, o protagonista do último «P.S. – Para Seguir».