P.S. (Para Seguir) é um espaço assinado pelo jornalista Nuno Travassos, que pretende destacar jogadores até aos 21 anos. 

A Inglaterra venceu Torneio de Toulon, Mundial sub-20 e Europeu de sub-19 nos últimos meses, mas curiosamente a geração mais promissora é a que perdeu a final do Europeu de sub-17 para a Espanha (ao sofrer o golo do empate ao sexto minuto de compensação, para depois deixar fugir o troféu nos penáltis).

Uma equipa com um talento imenso, que vai muito para além do melhor jogador do torneio, o já aqui destacado Jadon Sancho (entretanto recrutado pelo Borussia Dortmund ao Manchester City), ou Phil Foden, o esquerdino que encantou Pep Guardiola na pré-época.

Lançar apenas nomes do ataque seria injusto para a qualidade da equipa comandada por Steven Cooper, até porque a evolução que o futebol inglês tem anunciado nos últimos torneios jovens faz-se também à retaguarda. Com pilares como Jonathan Panzo.

Natural de Londres, o jogador do Chelsea só festeja o 17º aniversário no próximo dia 25 de outubro, mas até já jogou pelos sub-23 dos «blues».

Embora possa ser utilizado também como lateral, Panzo foi utilizado como central no Campeonato da Europa.

Veloz, controla muito bem a profundidade, mas simultaneamente evita muitos problemas com o seu poder de antecipação.

Embora seja também forte fisicamente, destaca-se sobretudo pela vertente que o futebol inglês muitas vezes remeteu para plano secundário: a capacidade técnica com que participa na primeira fase de construção de jogo. Com uma abordagem muito tranquila e segura, avança frequentemente com a bola controlada, a ultrapassar linhas do adversário, a meter verticalidade no jogo.

Um jogador para seguir com atenção já no próximo mês, no Mundial de sub-17 organizado pela Índia.