P.S. (Para Seguir) é um espaço assinado pelo jornalista Nuno Travassos, que pretende destacar jogadores até aos 21 anos. 

O Mundial sub-17 coroou a fantástica geração inglesa – já aqui elogiada anteriormente -, mas apresentou também um entusiasmante Brasil.

A «canarinha» foi eliminada nas meias-finais, precisamente pela seleção que acabou por vencer a prova, mas o perfil dominador e sedutor lançou alguns nomes para os blocos de notas dos principais clubes europeus. Marcos Antônio terá sido, seguramente, um deles.

Baiano, natural de Poções, o jovem também conhecido como Marcos Bahia tinha apenas 11 anos quando largou o aconchego da casa dos pais e foi viver com um amigo da família, em Curitiba. Trocou a escola do Vitorinha, onde começou a jogar, e juntou-se ao Atlético Paranaense.

Atualmente vive no centro de estágio do «Furacão», mas continua sem contrato profissional, o que reforçará a curiosidade de quem tirou notas positivas na Índia.

Entre Victor Bobsin (Grêmio) e Alan Souza (Palmeiras), Marcos Antônio deixou a imagem de uma «formiguinha» que promete crescer muito. Baixinho na estatura (1,66m), enorme na área de influência. Um «8» que parece estar em todo o lado, menos onde não faz sentido estar. Que não precisa de grande arcaboiço para cumprir defensivamente, dada a perspicácia no desarme e o bom sentido posicional. Que é vistoso sem aparato, tal a maturidade que já revela. Ponderado, sem pressa para passos (ou passes) em falso, mas sempre à procura dos colegas mais adiantados pelo canto do olho.

Uma promessa de equilíbrio entre segurança e verticalidade. Um daqueles médios que não sabe jogar mal.

[imagem: CBF TV]