Paco Soler e Ulisses Morais eram dois treinadores abatidos no final do empate (2-2) em Aveiro entre o Beira Mar e o Marítimo. O técnico aveirense lamentou que depois de estar quase uma hora em vantagem tenha ficado tão perto da derrota, o colega insular lamentou que depois de dar a volta ao resultado tenha deixado fugir dois pontos.
Paco Soler, treinador do Beira Mar:
A partir do minuto 65 ou 70 a equipa recuou em demasia. Estivemos vinte metros mais atrás do que devíamos, por ansiedade e pela necessidade dos três pontos. Com isso demos facilidades ao adversário, permitimos que ele chegasse aos golos e perdemos dois pontos. Os erros cometidos em dois minutos apenas quase significavam a nossa derrota, por isso o que precisámos agora é de aprender com os erros. Este resultado não hipoteca nada, continua tudo na mesma, por isso vamos no futuro, depois de nos colocarmos em vantagem, tentar ter mais paciência, aguentar a bola e sair pelas alas para afastar a bola da nossa baliza. É uma coisa que se consegue com tranquilidade».
Ulisses Morais, treinador do Marítimo:
«Sofremos um grande golo na primeira parte, mas algo consentido. Depois conseguimos o mais difícil, com uma estratégia um bocado suicida, dando a volta ao resultado. Já depois da hora deitámos a perder a vitória e sofremos um golo que apenas significa um ponto. Espero que no futuro possamos ser mais felizes do que fomos hoje. Quando os jogadores se libertarem de certo tipo de fantasmas e passarem a atacar o jogo desde o início, conseguiremos outro tipo de resultados. Este reparo que eu faço é algum sado-masoquismo que os meus jogadores ainda não conseguiram disfarçar esta época. A verdade é que quase sempre só reagimos e conseguimos ser mais iguais a nós mesmos quando temos de partir atrás do prejuízo».