Figura: Simy
O gigante tem carregado o Gil Vicente na retoma na tabela classificativa. É sua característica nunca desistir, foi igual a si próprio e aproveitou um alívio mal feito da defensiva do Paços para fazer o seu nono golo da época. Pleno de oportunidade, apesar do estilo desengonçado e do alheamento quase completo do jogo até ao minuto 68, altura em que marcou, foi uma vez mais preponderante na vitória do Gil Vicente.
 
Momento: golo de Simy (68’)
Letal, não virou a cara à luta e aproveitou um mau alívio de Rodrigo Galo para fuzilar a baliza de Defendi. No interior da pequena área, de carrinho e com o pé esquerdo o gigante carimbou o segundo triunfo consecutivo do Gil Vicente. Gabriel e Diogo Viana estão na génese da jogada ao trabalhar bem na direita. O Cruzamento é de Diogo Viana.     
 
Negativo: interrupção do jogo
O jogo estava algo incaracterístico devido ao estado do relvado. Caiu ainda mais de intensidade no primeiro tempo depois da pausa de cerca de dez minutos para que o relvado fosse remarcado. Os jogadores recrearam-se com a bola, tentaram manter-se em atividade, mas a quebra de rendimento foi notória.
 
OUTROS DESTAQUES:
Semedo

Acrescentou músculo e presença física à frente da defesa gilista. Ganhou ainda mais preponderância face ao estado do relvado, sendo o jogador que mais lutou no setor intermediário. Tentou dar critério à primeira fase de construção de jogo da equipa montada por José Mota.
 
Fábio Cardoso
Exibição sem mácula a nível defensivo por parte do defesa central emprestado pelo Benfica. Evidenciou-se nos lances ofensivos da equipa da Capital do Móvel, sendo um dos elementos que mais perigo criou a Adriano Facchini. O potente remate de primeira, à passagem do minuto 54, é um dos exemplos.
 
Berger e Cadú
Perdem em alguns aspetos para a dupla composta por Pek’s e Enza-Yamissi, como na capacidade física e nos argumentos técnicos, mas goleiam na experiência e na estabilidade que conseguem dar à linha defensiva gilista. A sua maturidade foi preponderante a segurar o Gil depois do golo apontado por Simy.
 
Minhoca
O mais mexido e o mais irrequieto do Paços de Ferreira. Rubricou várias arrancadas no corredor central, criando desequilíbrios no último reduto gilista, cotando-se como um dos jogadores mais perigosos da equipa da Capital do Móvel.
 
Adriano Facchini
Duas intervenções de excelente nível, uma em cada uma das partes, conferem-lhe também grande dose de responsabilidade no triunfo gilista. Por duas ocasiões travou Fábio Cardoso naqueles que foram os momentos de maior perigo do Paços.