Depois da derrota em casa do Feirense, na última jornada da Liga, o Paços de Ferreira teceu críticas à atuação do árbitro da partida, Carlos Xistra, sobretudo após a marcação de uma grande penalidade, a qual classificaram de «erro grosseiro e indesculpável».

Em comunicado, os castores apontaram várias outras falhas na atuação do juiz, entre as quais a localização do ecrã de consulta do vídeo-árbitro, considerando que Xistra «aceitou ou decidiu a colocação (...) em local não adequado em termos regulamentares, porquanto tal dispositivo deve situar-se no lado oposto àquele em que se situam os bancos das equipas técnicas e suplentes, o mais central possível» e indicando que «tal dispositivo foi colocado e utilizado pela equipa de arbitragem junto a uma das bancadas topo destinada a adeptos e ao grupo organizado de adeptos afetos à equipa da casa».

Ora, questionada pela Lusa, fonte do Conselho de Arbitragem (CA) remeteu para um comunicado da Federação, de 1 de agosto, indicando que «a área foi escolhida de comum acordo entre os responsáveis pela instalação dos equipamentos e o clube», tendo recebido aprovação de uma comissão técnica composta por elementos do CA e da engenharia do projeto.

No comunicado da FPF para que remete o CA, é explicado que razões de segurança, uma avaliação técnica das infraestruturas e a localização de câmaras de televisão são fatores tidos em conta, bem como a «proximidade permanente de pessoas ou entidades externas ao processo de revisão que possam interferir com o mesmo».

O organismo garantiu, portanto, que o processo de colocação dos ecrãs do vídeo-árbitro foi acordado por todos os clubes.