Por: Jorge Fonseca

O momento: minuto 86


Tal como sucedera na visita a Barcelos, a entrada de Gerso mexeu com a iniciativa atacante do Moreirense, trazendo outra frescura e movimentação nas transições ofensivas, liberando Arsénio para o lado direito. Perto do fim, o técnico Miguel Leal quase viu premiada a dupla aposta a partir do banco, em Gerso e em Alex. Contudo, se o primeiro fez tudo bem na ala e acabou a serviu na perfeição, já a conclusão do segundo, sem marcação e com a baliza à mercê, condenou o jogo a terminar empatado. António Filipe agradeceu.
 
A figura: Arsénio

Numa equipa que chegou a Paço de Ferreira sem a capacidade criativa que João Pedro dá a equipa, a missão de levar a bola para a frente de forma sensata e acutilante coube, quase em exclusivo, ao extremo, ainda que das suas iniciativas, na primeira parte, pouco ou nada de relevante tenha acontecido. Perto da hora de jogo, encheu-se de méritos, saiu da ala para o centro e arriscou o remate rasteiro, correspondendo António Filipe com a primeira de duas grandes defesas. Foi o mais esclarecido dos inconformados.

Outros destaques:
António Filipe

 
Numa equipa sem alma nem capacidade para organizar-se, mais tarde ou mais cedo, face ao crescimento do Moreirense, a baliza seria colocada em perigo. Ainda assim, na primeira parte, controlou de longe e, após o intervalo, quando chamado a intervir, fê-lo com grande categoria, a remates de Arsénio e de Alex.
 
Danielson
 
Com o Moreirense seguro a defender, a aposta nas bolas paradas foi uma constante e o experiente central dos visitantes nunca deixou de, estrategicamente, colocar-se no segundo poste para o que desse e viesse. A sua experiência colocou problemas mas nem isso o fez chegar ao golo quando teve oportunidade para isso. Mas essa era apenas a sua segunda missão de hoje e nem sequer a principal.