Estrela cintilante na Naval e internacional pelas camadas jovens da selecção portuguesa ¿ esta é a carteira de Rui Mendes, um futebolista que mereceu rasgados elogios num passado recente, mas que vive inconformado em Paços de Ferreira e admite sair no final da época. Na temporada passada, trocou o clube da Figueira da Foz pelo conjunto da capital do móvel e o azar tolheu-lhe as maiores aspirações. Lesionou-se, foi operado a uma pubalgia e isso condicionou a sua integração. Agora, reclama por oportunidades.

Tudo somado, a presença deste médio na Superliga resume-se a seis escassos minutos repartidos a meio em dois jogos: Sporting-Paços de Ferreira e Paços de Ferreira-Gil Vicente. O resto do tempo tem sido de grande sofrimento, a ver os desafios na bancada ou no banco de suplentes. «É horrível», confessa ao Maisfutebol. «Não estava habituado a uma realidade destas. É muito pior estar de fora do que a jogar», sublinha em jeito de balanço por este momento caracterizado em tons escuros.

Perante um cenário tão catastrófico, Rui Mendes, actualmente com 23 anos, equaciona bater com a porta no final da época: «Se for bom para mim, admito sair. Não posso continuar nesta situação, porque as pessoas já não se lembram de mim. Tenho de jogar para me valorizar». No entanto, tudo depende do que decidirem os responsáveis pacenses, até porque tem mais dois anos de contrato.

Fazendo uma retrospectiva desde que assinou pelo Paços de Ferreira, considera que a sua carreira tem estado «muito aquém das expectativas» no sentido de ter «poucas oportunidades» para mostrar as suas qualidades. «Não posso mostrar o meu valor só nos treinos. A equipa está bem servida de jogadores para a minha posição [médio organizador de jogo], mas quero relançar a minha carreira. Sou jovem e quero mais», afirma.