Académica e Paços de Ferreira empataram a uma bola no Cidade de Coimbra, no encontro que abriu a segunda volta para estas duas equipas.

Os primeiros 45 minutos no Cidade de Coimbra foram bastante intensos e quase que os podemos dividir em duas partes: os primeiros 30 minutos para os pacenses, os restantes para os donos da casa.
 
O Paços chegava a esta partida numa sequência de duas vitórias (Tondela e V. Setúbal) e, de facto, foi a melhor equipa na fase inicial do encontro. Mais dinâmicos e agressivos sobre a bola, os «castores» criaram duas boas chances nos primeiros 15 minutos, com Diogo Jota em plano de destaque: primeiro, atirou contra um defesa da Académica e depois arrancou desde a ala esquerda, quase provocando um autogolo a Oualembo.
 
Não tardaria muito para que a jovem promessa pacense fizesse estragos à séria: após uma excelente jogada coletiva, iniciada em Pelé e com passagens pelos pés de Edson Farias e Andrezinho, Diogo Jota apareceu incisivo na cara de Pedro Trigueira, desviando para o fundo das redes academistas. Caso para dizer que à terceira é mesmo de vez...

Confira a ficha de jogo e as notas dos jogadores
 
A equipa forasteira estava mais segura no jogo, circulando com confiança perante uma Académica de passes longos e algo errática na transição para o ataque. A primeira ocasião dos estudantes surgiu precisamente de um passe longo, com um erro na abordagem aérea de Marco Baixinho a quase proporcionar uma oportunidade de empate para Ivanildo. Fábio Cardoso salvou sobre a linha de golo…
 
Depois disso, o Paços criou mais duas chances (outra vez com Diogo Jota em plano de destaque...), até que a face do jogo mudou, com os academistas a aparecerem mais pressionantes, com a dupla Fernando Alexandre-Leandro Silva a ganhar mais bolas e a assumir o controlo do meio-campo.
 
A oito minutos do intervalo, Gonçalo Paciência desmarcou Marinho mas o herói da final da Taça de 2012 atirou à figura de Marafona. De seguida, lance polémico na área pacense, com a sensação de que Ivanildo foi derrubado por Diogo Jota. O árbitro marcou falta ao contrário...
 
No entanto, a reação academista trouxe os seus frutos, mesmo em cima do intervalo: depois de um livre do lado esquerdo e de alguns ressaltos, a bola sobrou para João Real, que atirou a contar para a igualdade.
 
Bola parada quase decidia o jogo a favor da Académica
 
Após o intervalo, e tal como já havia acontecido no início da partida, os pacenses voltaram a entrar melhor, perante uma Académica nervosa e a vacilar bastante na saída de bola, errando vários passes. A equipa de Jorge Simão parecia de facto mais segura de si, com e sem bola. E através de alguns cruzamentos, ia semeando perigo, com Bruno Moreira a ficar perto da baliza em duas ocasiões.
 
Entretanto, Filipe Gouveia havia lançado os heróis da vitória frente ao Tondela, Hugo Sêco e Rafael Lopes. O primeiro conseguiu agitar o jogo do lado esquerdo e o segundo esteve muito perto de voltar a faturar neste campeonato, na sequência de um cabeceamento que foi direto à trave, após livre lateral batido por Leandro Silva.
 
E era, de facto, através da bola parada que a formação conimbricense ia ficando mais perto de chegar ao golo. Novamente num livre lateral cobrado por Leandro Silva, a um quarto de hora do final, João Real atirou de cabeça por cima da baliza de Marafona e pouco depois foi Ivanildo a cabecear, não muito longe da trave da baliza contrária. Novamente com Leandro Silva na cobrança da bola parada…
 
À entrada para os últimos cinco minutos de jogo, Romeu foi expulso por acumulação de cartões amarelos e a Briosa ganhou um importante alento para a fase derradeira do encontro. Rafael Lopes esteve perto do segundo na sequência de uma arrancada de Hugo Sêco na ala esquerda.
 
No final, a igualdade parece assentar bem às duas equipas, num jogo geralmente repartido, embora a Briosa tenha tido boas situações para resolver o encontro na segunda parte, na sequência de lances de bola parada.