O Paços de Ferreira poderia ficar a jogar até amanhã de manhã que seguramente não ia mudar o resultado.
A formação de Jorge Simão somou a quarta derrota nos últimos sete jogos, já não ganha aliás desde 16 de janeiro (há mês e meio, portanto), mas o mais relevante acaba por nem ser isso: importante mesmo é destacar que quando tem de correr mal, corre ainda pior do que isso.
A Lei de Murphy, sim.
É verdade que nesta altura é vulgar citar o senhor Murphy, mas não há forma melhor de explicar a vitória do Nacional, e sobretudo a derrota do Paços de Ferreira, do que esta.
Confira a ficha de jogo e as notas dos jogadores
A formação de Jorge Simão não entrou bem no jogo, é verdade.
Durante meia hora só deu Nacional e por isso foi com alguma naturalidade que os madeirenses abriram o marcador, através de um autogolo de Marco Baixinho.
No entanto, a partir da meia hora, tudo mudou. Mudou sobretudo porque o treinador pacense lançou Pelé em campo, com isso deu mais agressividade à equipa, mais poder de condução de bola, e lançou enfim o Paços de Ferreira para o ataque. Durante cerca de uma hora o Nacional só sofreu.
A formação pacense criou então várias situações de finalização. Hélder Lopes (por duas vezes), Rodrigo António (por duas vezes), Diogo Jota e Marco Baixinho ameaçaram então a baliza de Gottardi. Diogo Jota obrigou o guarda-redes até a uma grande defesa.
Só dava Paços e já se adivinhava o empate, portanto, quando o jogo acabou prematuramente.
Pelé mudou tudo, só não mudou o resultado: veja os destaques
Numa bola parada, Salvador Agra bate o canto, Rui Correia cabeceia para golo, faz o 2-0 e derruba por completo a motivação pacense para correr atrás do resultado.
Depois disso o Nacional ainda fez o terceiro, por Luís Aurélio, e ameaçou mais uma ou outra vez. O Paços, que foi melhor durante tanto tempo, somou mais uma derrota e reforçou o espectro de estar a atravessar uma grave crise. Mas fez o suficiente para conseguir um resultado diferente.
Já o Nacional ganhou passado três jogos e afastou-se da linha de água.
