A FIGURA: Defendi

Não é que tenha feito uma atuação extraordinária, até porque o perigo que o Benfica criou não se traduziu em muitos remates à baliza. No segundo tempo desviou uma tentativa de Nelson Semedo e segurou um remate de Pizzi. Nas alturas foi imperial. Tomou conta de tudo, transmitiu segurança à equipa e, mais importante, manteve a baliza fechada a sete chaves.

O MOMENTO: Eliseu acerta na trave

Minuto 26. Naquela que foi a melhor das duas partes do Benfica no jogo, o lance de maior perigo não foi uma jogada bem gizada, uma combinação perfeita ou uma iniciativa coletiva de relevo. Um pontapé, puro e duro. Brutal, até, de Eliseu, um dos melhores do Benfica enquanto esteve em campo, que esbarrou na trave. Estava batido Defendi, mas a pontaria foi a mais.

NEGATIVO: Salvio

É indisfarçável que não atravessa o melhor momento de forma. Sem capacidade de furar pela linha, perdeu-se muitas vezes quando tentava levar jogo pelo centro. Errático no passe, pouco móvel e ainda perdulário quando, aos 9 minutos, falhou, à boca da baliza, a primeira oportunidade do Benfica no jogo.

Outros destaques

Pizzi

Ponto inicial de todas as jogadas do Benfica. Encosta nos centrais quando a equipa quer começar a construir, galga metros quando a bola sobe e aparece, muitas vezes, perto da área para dar seguimento a jogadas que ele próprio iniciou segundos antes. Parece omnipresente e nem o risco de falhar o Clássico o inibiu. Mesmo tendo caído de produção no segundo tempo, à semelhança de toda a equipa, continuou a ser ele a tentar empurrar o Benfica. E ainda fez o remate mais perigoso da equipa, que Defendi travou.

Samaris

Longe de ser um elemento consensual no onze encarnado, fez um jogo acima da média na Mata Real. Despreocupado da construção, assumida por Pizzi, aspeto onde revela as principais dificuldades, ganhou confiança com verdadeiras ações de limpeza no miolo, manietando as tímidas investidas pacenses com tranquilidade. Procurou que Luisão e Lindelof tivessem pouco trabalho. Conseguiu quase sempre.

Luisão

Impecável. Velhos são os trapos. Na Mata Real, foi tudo dele.

Pedrinho

Cresceu imenso no jogo a ponto de ser o melhor pacense em campo. Na primeira parte, também pela forma como correu o jogo, com o Paços encostado quase sempre à sua baliza, esteve muito pouco em evidência, mas o segundo tempo foi muito bom. O Paços teve mais bola, chegou mais perto da baliza e foi mais perigoso. Pedrinho esteve lá, quase sempre, na génese. É um jogador acima da média e voltou a prova-lo.

Welthon

Ele contra o mundo. Ponto de referência das investidas pacenses. Tanto as tímidas da primeira metade, quando desenhou o único lance de perigo com arrancada e assistência para Ivo Rodrigues, como as mais afoitas do segundo tempo. Aí, porém, até foi na conversão de um livre que esteve mais perto de marcar. Era um golaço, mas Ederson não deixou.

Filipe Melo

Competência no miolo. Não inventa, joga prático, ganha muitas bolas, entrega quase sempre bem. Resumo curto e grosso daquilo que foi o médio pacense esta noite.

Gégé

O «Luisão» do Paços. Na sua área mandou ele.