A FIGURA: Assis

Estreia absoluta com a camisola do Paços de Ferreira e nota bem positiva. O melhor elogio que se lhe pode fazer é que não se notou que era o primeiro jogo. Ganhou o lugar no meio campo mais defensivo do Paços, fez uma dupla interessante com Gian, usando e abusando dos processos simples que se lhe conhecem. Depois de muito tempo afastado das lides, provou que continua a ter a qualidade que outros viram noutros tempos.

O MOMENTO: o pontapé que desequilibrou a balança

Minuto 75. Tinha começado há pouco o jogo dos bancos e as duas equipas continuam amarradas em campo. O jogo parecia arrastar-se para uma igualdade, salvo qualquer pontapé que resgatasse uma das equipas. Foi o que fez Gian Santos, aproveitando uma segunda bola para encher o pé e dar a vitória ao Paços de Ferreira. A primeira vez que os castores, este ano, ganham dois jogos seguidos.

OUTROS DESTAQUES

Ruben Micael

Pormenores que fazem a diferença. Poderíamos isolar o passe para Quiñones empatar o jogo, por ser a face mais visível, mas a verdade é que dos pés do madeirense houve muito mais. Jogando nas costas de Bruno Moreira, raramente perdeu uma bola e decidiu quase sempre bem, sem grandes rendilhados nem esforços desnecessários. Voltou em boa forma, o que só pode ser bom para o Paços, mas também para o futebol português.

Xavier

Na primeira parte foi fator comum a praticamente todos os lances de perigo do Paços, exceção feita, curiosamente, ao golo de Quiñones. Muito dinâmico, sem jogar demasiado colado à linha, apareceu bem mais em jogo do que Pedrinho. Porém, talvez pelo esforço, também se apagou mais cedo do que o companheiro e acabou substituído na segunda metade.

Hugo Seco

Além de ter conquistado a grande penalidade que valeu o golo inaugural, foi o principal dinamizador do ataque do Feirense. O flanco direito, que ocupou, foi usado mais vezes ou, pelo menos, com mais perigo pelos homens de Nuno Manta e Hugo Seco terá, certamente, a sua dose de mérito nisso mesmo. Faltou-lhe rapidez de decisão num par de lances que pediam ação mais expedita.

Babanco

Pau para toda a obra. Vai ganhando rotinas de médio defensivo, fazendo da antecipação a sua principal força. Para o Feirense é um dois em um: o cabo-verdiano preenche o lugar com competência e acrescenta qualidade às saídas para o ataque, ao assumir o papel de primeiro construtor de jogo.