A FIGURA: Pedrinho

O jogo é diferente quando a bola lhe chega aos pés. Mesmo num duelo que teve mais luta do que futebol, os acordes tocados pelo capitão pacense fizeram a diferença e, a espaços, foram aquecendo a noite na Mata Real. Seja em força ou em jeito. Aliás, marcou em força o único golo do encontro e só não fez o segundo em jeito porque o ferro não deixou, já nos descontos. E era um golaço...

O MOMENTO: entrou ou não?

Minuto 49. A segunda parte começava ao estilo da primeira: atabalhoada. Mas João Amaral encontrou algum espaço à entrada da área pacense e rematou. Não saiu com muita força e foi direitinho a Mário Felgueiras. Contudo, o guardião não conseguiu agarrar a bola e esta escapou-lhe...para dentro da baliza? As imagens televisivas dão a ideia que sim, mas o vídeo-árbitro João Capela não deu sinal a Vítor Ferreira e este não validou o golo. Pouco depois a bola entrava mesmo, mas na outra baliza.

Outros destaques

Xavier

Durante a primeira parte foi, de longe, o elemento mais ativo do ataque pacense. Com Welthon apagado, tentou várias vezes combinar e assistir Luiz Phellype, puxando o jogo da sua equipa para o seu flanco. Não tomou sempre as melhores decisões, é certo, mas ficou com o mérito de tentar, num jogo em que os momentos de bom futebol não abundaram. Foi caindo de produção até sair, já no segundo tempo.

Mateus

Surpresa no onze substituindo o lesionado Gian, o médio brasileiro que foi bastante intermitente na época passada, conseguiu uma atuação positiva. Combativo, foi um auxílio precioso a André Leão, em noite menos inspirada. Ainda se destacou a tentar levar o jogo para a frente, pois é forte na progressão com bola.

André Pedrosa

Vai ganhando espaço na equipa e percebe-se por que continua a jogar mesmo não sendo, no início da época, o mais provável candidato à titularidade. Forma uma dupla interessante com Tomás Podstawski, é comprometido a defender, inteligente a ocupar o espaço e ainda aparece na frente para tentar o remate. Um valor para seguir com atenção.

João Amaral

«Vagabundo» no ataque, apoio precioso a Gonçalo Paciência. Fica ligado à história do jogo pelo pontapé que Mário Felgueiras largou e fez os sadinos pedir golo. Mas isso até nem foi o melhor da sua exibição, já que a Amaral esteve em quase todos os lances ofensivos da sua equipa. Uma entrega notável e uma qualidade que também já lhe é reconhecida.