O presidente do Belenenses afirmou esta quinta-feira que a direção do clube estava preparada para todos os cenários do diferendo com a SAD e reclama uma opção de recompra do capital que ficou por cumprir.

«Fiquei perplexo pelo diretor executivo da SAD ter dito que tinha obtido uma grande vitória. A Codecity (proprietária da SAD) comprometeu-se sempre com os sócios de que o clube tinha uma opção de recompra. Agora veio um tribunal arbitral dizer que a palavra de honra assumida em dezembro de 2012 não valia nada. A Codecity devia honrar os compromissos que assumiu com os sócios do Belenenses. É uma falta de respeito grosseira», afirmou Patrick Morais de Carvalho, em conferência de imprensa.

O líder dos azuis reforçou a ideia já expressa em comunicado anteriormente, de apresentar uma alternativa no futebol sénior, sem revelar, porém, se essa mesma alternativa passa pela participação de uma equipa do Belenenses no Campeonato de Portugal.

«Estávamos preparados há muito tempo para todos os cenários. As propostas serão levadas a AG para os sócios decidirem o caminho que o clube vai tomar. Vamos apresentar uma alternativa em termos de futebol sénior. Todos os cenários estão em aberto», adiantou.

Por outro lado, o presidente assegurou que a direção não se vai demitir e acusou a Codecity de «utilizar a equipa de futebol profissional como escudo e arma de arremesso».

Recorde a decisão que motivou esta reação por parte da direção do clube

Já no que diz respeito a uma possível negociação de um novo acordo parassocial entre as partes, como tinha sido admitido pela Codecity, Patrick Morais de Carvalho foi perentório: «Não faz sentido quererem negociar um novo acordo parassocial. Isso é uma tentativa de por os sócios contra o clube e uma tentativa de serem fofinhos».

Com a decisão do tribunal arbitral, o clube perdeu a possibilidade de recomprar os 51% da sociedade detidos pela empresa, num processo que foi iniciado em junho de 2016, quando a direção do clube solicitou a constituição de um tribunal arbitral para ver restituído e reconhecido o direito de poder recuperar o controlo da SAD.