Foi a jogar com três centrais que o Sporting marcou os cinco golos e não sofreu nenhum na vitória sobre o Nacional (5-1). Um sistema que Paulo Bento aproveitou para consolidar no jogo da Taça de Portugal, frente ao Pinhalnovense, com novo sucesso, tanto em termos defensivos (zero golos), como ofensivos (seis marcados). Uma alternativa que se vai formando ao habitual sistema e que vai ganhando força para um futuro próximo mas que, para já, não passa disso mesmo, de uma alternativa. Este sábado, em Paços de Ferreira, os leões vão voltar a entrar em campo no habitual 4x4x2 em losango.
«É um sistema que deu resultados defensivamente e ofensivamente. Contra o Nacional não sofremos golos, contra o Pinhalnovense também não e nos dois jogos marcámos onze. Teoricamente o Sporting tem dois sistemas trabalhados. Neste caso, na sequência dos últimos jogos, estamos mais preparados, mas isto não significa que, de um momento para o outro, deixámos de acreditar no que fazíamos anteriormente e vamos por de parte o que trabalhámos durante tanto tempo. O Sporting jogará na sua forma normal, depois poderá alterar consoante aquilo que o jogo ditar. Num futuro próximo poderemos jogar como jogámos no Barreiro, por isso é que o trabalhamos», explicou Paulo Bento na habitual conferência de antevisão do jogo.
O sistema com três defesas agrada ao treinador pelos resultados que já rendeu, mas Paulo Bento entende que ainda precisa de ser afinado. «Todos os sistemas agradam-me, desde que sejam trabalhados. Os jogadores quando vão para dentro do campo, seja em que sistema seja, têm que saber aquilo que vão fazer. Isso é que nós procuramos, transmitir o que se deve fazer em cada um dos sistemas. O que não se pode é estalar os dedos e dizer que vamos jogar desta ou de outra maneira, há que trabalhar. Qualquer um (sistema) agrada-me, desde que trabalhado e, acima de tudo, quando se ganha. Aí os sistemas são todos bons, mesmo alguns que não se trabalham, mas esse não é o caso do Sporting», acrescentou.
Sistemas à parte, Paulo Bento também continua a apostar na rotatividade em alguns sectores do campo, com particular destaque para a posição de número seis (médio defensivo) que ele próprio ocupou enquanto jogador. «É verdade que não temos mantido nessa posição um jogador como temos mantido noutras. Houve um período em que esteve o Miguel (Veloso), houve outro período, mais prolongado, em que esteve o Custódio. Acabámos a fase final da primeira volta com o Paredes e houve agora, neste período, alguma oscilação entre o Miguel e o Custódio. De qualquer forma há outras posições em que já fizemos rotatividade, essa é uma delas. Tem a ver com o rendimento dos jogadores, com o adversário e daquilo que pretendemos para a equipa em determinados jogos», explicou.
O campo da Mata Real é um campo tradicionalmente difícil para os leões que só venceram metade dos jogos ali realizados. Há um ano perderam de forma inequívoca (0-3), mas Paulo Bento considera o passado pouco relevante para o jogo deste sábado.
«Preparámos a equipa para este jogo sem ter em conta aquilo que se passou em anos anteriores, lembro-me, enquanto jogador, de ter feito tudo: empatar 0-0, ganhar 6-0, perder 0-4, ganhar por 2-1... Isto não acrescenta nada para este jogo. As estatísticas, como se costuma dizer: as boas são para se manter, as más para acabar com elas. Neste caso, até pelo equilíbrio, não me parece que possa trazer algo de novo para amanhã», comentou.