O selecionador nacional, Paulo Bento, em declarações à SIC, após a eliminação de Portugal no Euro 2012, com uma derrota nas grandes penalidades frente à Espanha:

«Sim, há algumas lágrimas. Mas não me parece que tenha de ir mais além de um momento em que tínhamos uma ambição de chegar à final. Fizemos as coisas de maneira a poder alcançá-la. Tivemos um rendimento extraordinário em 90 minutos. No prolongamento, a Espanha teve uma ou outra situação, até por desgaste da nossa parte, pelos erros que cometemos a sair para o ataque. Não conseguimos esticar o jogo nesse período e deixámos a Espanha ter uma oportunidade muito clara. Nas penalidades, a Espanha foi mais feliz. Partimos com vantagem no primeiro penalty, mas isto é o futebol, noutro dia toca-nos a nós. Resta-nos trabalhar, caímos como deve cair uma grande equipa: com honra e orgulho.»

«Fizemos um Europeu extraordinário. Dos 5 jogos que realizámos, perdemos apenas o primeiro jogo com a Alemanha. Depois encadeámos três vitórias e batemo-nos deste modo com os campeões do Mundo e da Europa e pode fazer algo histórico. A forma como nos batemos, o que tínhamos prometido, de dividir o jogo, penso que o fizemos, essencialmente, durante os 90 minutos. Penso que nesses 90 minutos fomos mais perigosos que a Espanha. O factor sorte, sem tirar mérito à Espanha, tem alguma influência. Nós não tivemos o mínimo de sorte nesta prova. Mandámos seis bolas à barra, enviámos uma outra à trave nestes penalties e, no final,a deles também foi ao poste, mas entrou. Felicitar todos os jogadores e estar orgulhoso deles. Neste momento, teremos tempo para analisar. Houve coisas mais agradáveis, outras menos. Fizemos um trajeto extraodinário, na qualificação e aqui o nosso trajeto também foi enorme. Estivemos a pouco de conseguir a segunda final da nossa história. Acho que os portugueses estão orgulhosos de nós. Carinho do público em Lisboa? Temos de respeitar as decisões das pessoas. Eu não sou muito dado a coisas que são para lá de um jogo de futebol. Estes jogadores merecem o respeito dos adeptos e de muitos agentes do futebol. Da minha parte, têm o carinho e orgulho de os ter orientado.»