Os critérios de escolha para os cinco portugueses que cobraram os penaltis no desempate foi um dos temas mais debatidos por Paulo Bento na conferência de imprensa. O selecionador confirmou que Cristiano Ronaldo estava reservado para o último penalti e esclareceu ainda não ter havido troca de ordem entre Bruno Alves e Nani:
«Era o Ronaldo que ia bater o último penalti, sim. De resto, na situação entre Nani e Bruno Alves não houve alteração de ordem, apenas uma ligeira confusão. Mas a ordem definida foi respeitada: Moutinho, Pepe, Nani, Bruno Alves e Ronaldo. O Bruno Alves avançou e nós no banco fizemos-lhe sinal que não era ele.
Ronaldo não pôde marcar? «Não estaríamos a falar dessa situação se estivesse 4-4 e ele tivesse marcado o decisivo. É estratégia e não mais do que isso. Agora temos de preparar o Mundial 2014, aqui não há mais nada a fazer.»
O penalti arriscado de Sergio Ramos, que bateu Patrício com um remate à Panenka, foi um momento determinante no desfecho? Paulo Bento tem dúvidas: «É muito difícil de provar, não lhe posso garantir que tenha sido determinante. O desempate até começou com vantagem para nós porque o Rui defendeu o primeiro. Mas no penalti seguinte perdemos essa vantagem. Os jogadores da nossa parte têm a liberdade para escolher a forma como marcam. Desde Óbidos que preparámos esta situação. O futebol é também um bocadinho de sorte, não muita. E nós tivemos seis bolas na trave em cinco jogos, e na decisão dos penalties, uma bola que bate na trave não entra e do outro lado, há outra que bate e entra, até com o nosso guarda-redes a adivinhar o lado.»