A SAD do Leixões anunciou, esta sexta-feira, ter chegado a acordo com o antigo diretor desportivo Nuno Silva. Em causa, o litígio na sequência do processo «Jogo Duplo», em 2015, que surgiu por uma investigação da Polícia Judiciária devido à manipulação de resultados desportivos.

O Ministério Público impediu então o dirigente do emblema do Mar de continuar funções no clube, situação que colocou o antigo jogador e também capitão do clube no desemprego. Nuno Silva reclamou então, à SAD, o pagamento de dívidas em atraso.

O presidente da SAD leixonense, Paulo Lopo, explicou à agência Lusa que Nuno Silva «nunca quis prejudicar o Leixões, mas sim reivindicar os seus direitos», reclamando «o pagamento de prémios e de salários enquanto ex-treinador e ex-diretor desportivo, que, à data, totalizavam mais de 100 mil euros», detalhou.

Lopo explica que parte da dívida estava alocada ao Sistema de Recuperação de Empresas por via Extrajudicial (SIREVE) em que a SAD se viu envolvida devido a dívidas acumuladas ao Estado. A outra parte, completa, «iria ser reclamada em tribunal» pelo antigo dirigente.

«Para não deixarmos as coisas seguirem pela via judicial, até porque ele é uma referência do clube e acarinhado pela massa associativa, chegámos a um acordo a fim de que a vida dele não continue prejudicada por um processo do qual não há certezas de que venha a ser culpado», referiu Lopo.

Para o dirigente, cabia à SAD «tentar um acordo» para apoiar «quem no passado» apoiou o clube que, «por questões legais», está impedido de contratar Nuno Silva, indiciado no fim da época 2014/15 no âmbito do processo «Jogo Duplo».