São jogos diferentes. É esta a ideia principal defendida por Pedro Martins antes de nova visita do Benfica, afastado pelos madeirenses há dias, no mesmo local, da Taça de Portugal.

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«Não acho que depois da derrota na Taça este Benfica seja mais perigoso. São jogos distintos, um é Taça o outro é campeonato, com histórias diferentes. Não fugimos da nossa concepção e filosofia de jogo, e jogamos sempre para ganhar, sabendo das dificuldades que vamos encontrar, pois temos a noção e o valor do Benfica, como tivemos em relação a todas as equipas, como o Juventude de Évora. Estamos imbuídos num espírito de conquista muito grande e queremos continuar a ser invencíveis em casa, com o apoio do nosso público», afirmou, em conferência de imprensa.

Pedro Martins acredita que o clube está a mudar e notou-o precisamente frente aos encarnados: «A nossa massa associativa naquele jogo... A grande maioria apoiou apenas o Marítimo, o que mostra uma grande evolução em termos de clube.»

O treinador espera mais desinibição por parte dos seus jogadores do que a que tiveram nos primeiros minutos, na Taça. «Espero bem que não entremos a respeitar demasiado o Benfica. Nesse jogo estivemos algo inibidos nos primeiros 15 a 20 minutos, quando por norma somos muito fortes. Na segunda parte libertámo-nos e queremos agora jogar bem os 90 minutos. Não vamos alterar nada do que é a nossa filosofia», garantiu.

Benfica de orgulho ferido

Sereno. Pedro Martins mostrou-se tranquilo em todos os minutos que esteve perante os jornalistas. «Estão três pontos em discussão. O Benfica tem princípios e objectivos claramente definidos. Nós queremos continuar nesta fase de há 14 jogos sem perder e vamos trabalhar para conseguir o 15º perante o nosso público, sabendo das dificuldades e que vamos encontrar uma excelente equipa, que fez uma brilhante Liga dos Campeões. No entanto, estou mais preocupado com o que podemos fazer do que com o adversário.»

O técnico espera um adversário ainda mais concentrado. «O Benfica pode estar com o orgulho ferido, o que é normal, pois os grandes não gostam nada de perder duas vezes seguidas, num curto espaço de tempo. A concentração vai ser mais elevada por parte deles, mas estamos preparados», finalizou.