Nuno Gomes, o senhor 111
O golo madrugador marcado ao Penafiel confirma o bom momento de forma do avançado do Benfica, que fez o seu quarto golo no campeonato, mostrando assim que pode dar muita luta aos candidatos ao título de melhor marcador da liga portuguesa. Aproveitou bem um ressalto e as fragilidades da defesa penafidelense. Um pouco de sorte, é certo, mas que mostra que estava onde era preciso. «Pé quente» não é quem quer, é quem tem qualidade para isso. Já perto do fim, e pouco depois do Penafiel ter chegado ao 2-1, fez um golaço, colocando-se assim no topo dos melhores marcadores, ao lado da Meyong. Os números justificam-no: alcançou o 111º golo da sua carreira, o que faz dele o melhor marcador português em actividade.
Geovanni nos dois golos
Uma boa exibição do brasileiro, que teve um papel determinante nos dois golos da sua equipa. Marcou o canto que esteve na origem do tento apontado por Nuno Gomes e depois esteve na origem da falta que valeu o golo de Simão. Muito trabalhador e com um grande sentido de equipa, tentou ajudar o Benfica a construir mais ocasiões que lhe permitissem chegar a um resultado mais tranquilizador. Saiu ao intervalo, devido a lesão, para dar lugar a Beto.
Manuel Fernandes
Antes da excelente ocasião de golo que teve aos 65 minutos, Manuel Fernandes já tinha dado nas vistas pelo trabalho feito na zona do meio-campo. Numa altura em que o Penafiel dava mais luta e tentava reagir ao resultado, a acção do médio do Benfica foi muito importante para que a equipa não esmorecesse. No segundo tempo o seu trabalho deu mais nas vistas, mas a exibição vale pelo seu todo. Pecou por algum egoísmo, mas isso é algo que tem de trabalhar para melhorar. Já no período de descontos teve «fezada» em que ia marcar e pediu para cobrar um livre, fazendo a bola passar ao lado do poste.
Petit, sempre onde é preciso
O médio do Benfica continua a ser um dos mais batalhadores da sua equipa, conseguindo estar sempre onde é preciso. Construiu jogo a partir do meio-campo e não foram raras as vezes em que deu uma ajuda à defesa. Na fase do jogo em que o Penafiel procurou reagir à desvantagem, apareceu várias vezes na sua área para fazer cortes providenciais. Uma acção que não se traduziu em golos, mas que foi determinante para o resultado.
Marco Ferreira, golo merecido
Mais um bom exemplo de luta num jogo que não foi fácil para a sua equipa, já que ficou muito cedo em desvantagem no marcador. Procurou dar apoio a Roberto nos lances mais ofensivos, com cruzamentos e passes que levaram algum perigo à baliza do Benfica. Usou a sua velocidade e dificultou a tarefa dos defesas benfiquistas, sobretudo a Léo, que teve muito trabalho para o «segurar». Aos 69 minutos teve uma boa ocasião para fazer um golo que já merecia, mas Moreira, com uma boa defesa, impediu-o. Continuou a tentar e conseguiu o 2-1, após um bom cruzamento de Pedro Araújo.
Pedro Araújo
O cruzamento para o golo de Marco Ferreira foi apenas o mais visível de uma exibição esforçada por parte do jovem jogador do Penafiel que já antes, em lances semelhantes, tinha ajudado a criar perigo, contribuindo para que o Benfica passasse por alguns momentos de maior tensão.