O Real Madrid defronta o Getafe na próxima jornada da Liga. Para Pepe, será o reencontro com Casquero, depois da agressão que custou ao internacional português 10 jogos de castigo. O defesa fala disso e também analisa o que está a falhar no Real Madrid, que vem de uma monumental humilhação frente ao modesto Alcórcon.
Em entrevista ao «As», Pepe defende o trabalho de Manuel Pellegrini e defende que «não é só o treinador o culpado, nem só os jogadores». Depois comenta o facto de a defesa merengue se ter tornado «um passador», como diz o jornalista.
«Jogamos com uma equipa de bastante qualidade, com muitos homens na frente, e se a equipa adversária está muito fechada, os de cima às vezes não têm tempo de descer para defender», afirma Pepe, admitindo que é um problema de coordenação: «Sim, é um problema de falar dentro do campo, estarmos mais organizados e cada um saber o que tem de fazer.»
Quanto lhe perguntam se é uma das vozes que se levantam no balneário, Pepe dá uma resposta curiosa, lembrando o seu passado no F.C. Porto: «Bem, venho de um clube pequeno, mas de mentalidade muito forte.»
Quanto ao tema Casquero, percebe-se que Pepe não tem muita vontade de voltar a ele. O que fará quando o encontrar? «Não sei. Tenho que adoptar uma atitude normal. Saudá-lo-ei normalmente, como se fosse outro jogo qualquer. Tem todo o meu respeito», responde, admitindo que a reacção do jogador do Getafe pode ser diferente. À pergunta se chegou a falar com Casquero por telefone, Pepe mostra o seu desagrado: «Homem, isso é um assunto encerrado!»
Nesta entrevista Pepe deixa ainda uma revelação. Falando das suas lesões musculares nos primeiros tempos em Madrid, o central fala de um problema físico crónico: «No Brasil detectaram-me uma assimetria na anca. No F.C. Porto tinha-a bastante controlada, mas ao chegar ao Madrid, por não a trabalhar tanto, acusei bastante.»
Pepe diz que supera o problema com umas palmilhas especiais, mais altas no pé direito. O desnível, diz, é de 13 milímetros.