Os anúncios foram encomendados pela Amnistia Internacional francesa e eslovaca, mas nunca chegaram a ver a luz do dia. Pelo menos oficialmente. A Amnistia Internacional central vetou a publicação dos mesmos, por ultrapassarem os limites de brutalidade. Nos mesmos anúncios vê-se um lutador de boxe a socar um monge, uma jovem acorrentada a um haltere, um homem a ser afogado numa piscina, um outro a servir como alvo para o tiro e uma criança a rastejar numa pista de atletismo.
A ideia era juntar violência e desporto numa mesma imagem, como forma de protesto contra a atribuição dos Jogos Olímpicos à China. No entanto, foi vetada. «As imagens não estão adequadas à nossa estratégia de comunicação, seja no tom ou no conceito», disse Rob Godden, da Amnistia Internacional ao jornal australiano Sydney Morning Herald. «Podem ser consideradas ofensivas por juntarem desporto e violência».
Os anúncios foram criados pela TBWA e estavam preparados para serem lançados. Apesar de ter sido impedida a publicação de maneira oficial, acabaram por aparecer de forma ocasional em blogs e sites na internet. «A Amnistia nunca permitiu que as peças fossem divulgadas e até tentou evitar a exposição», considerou Rob Godden. Falta referir que a publicidade foi também apresentada em Cannes e até ganhou um prémio.