Rafael Nadal é, aos 22 anos, o novo campeão olímpico, depois de ter conquistado este domingo a primeira medalha de ouro no torneio de ténis dos Jogos de Pequim, frente a Fernando González. E tudo isto na véspera de tornar-se oficialmente o número um do mundo.
O espanhol venceu os três primeiros sets , mas o chileno ter sido um osso duro de roer na maior parte do tempo, sobretudo nos dois últimos, como provam as cerca de duas horas e meia de luta (37m, 62m e 43m). 6-3, 7-6(2) e 6-3 foram os números que colocaram Nadal no lugar mais alto do pódio, que González repete quatro anos depois, desta feita com prata (foi bronze em 2004).
Terá sido, porventura, uma das finais mais barulhentas de sempre, tal a emoção que contagiava as bancadas, repletas de chineses, espanhóis e chilenos. No segundo set, inclusive, os tenistas chegaram a trocar a bola debaixo de incentivos bem sonoros, desde «Somos campeões» para Nadal a «Força González».
O chileno, 28 anos, 15º do ranking mundial, esteve perto de vencer o segundo set, mas a frieza de Nadal nos momentos decisivos, como sucedeu nos dois set points que anulou, levando a decisão para o tie break, arrumou, praticamente, as aspirações de González.
No terceiro set, Nadal chegou com facilidade ao 5-2, mas o adversário salvou três match points e reduziu para 5-3. O espanhol respirou fundo e arrumou o jogo seguinte de forma brilhante, caindo de costas no chão, como tanto gosta de fazer.
O sérvio Novak Djokovic, terceiro do mundo, foi bronze, após derrotar o norte-americano James Blake (que afastara Roger Federer nos quartos-de-final) por 6-3 e 7-6(4) em 76 minutos.