Perfil: Lucas Moura, o futuro começa agora (II)

Quando, no duelo do passado dia 10 de setembro, em Boston, entre Brasil e Portugal, Neymar foi substituído por Lucas Moura, houve quem tivesse notado que a alteração «valia» perto de 100 milhões de euros: saía um jogador que custou 57 milhões ao Barça (Neymar), entrava outro que rendera 43 milhões ao São Paulo, pagos pelo PSG (Lucas Moura).

No futebol brasileiro, os talentos são tantos que é sempre polémico atribuir os títulos de «maiores craques do momento».

Mas atendendo ao valor de mercado que os dois já atingiram, será relativamente objetivo afirmar que os dois maiores talentos em potência (e ainda com muita margem de progressão) do futebol brasileiro são mesmo Neymar e Lucas Moura.

A diferença é que Neymar já «explodiu», em todo o seu imenso talento, com a Confederações e a assinatura milionária com o Barça.

Lucas Moura, que até deu o salto para a Europa meio ano antes do Astro do Barça, teve o revés de uma lesão grave que lhe fez perder alguns meses. Mas os seus trunfos estão identificados: técnica apurada (como abunda nos jogadores

brasileiros) aliada a um poder de aceleração brutal.

Um ala criativo e imprevisível, que disfarça a estatura mediana com poder de aceleração e entrega ao jogo, em níveis superiores ao que é habitual ver num jogador brasileiro.

Lucas Rodrigues Moura da Silva, 21 anos, deu os primeiros passos no futebol no escolinha do antigo jogador Marcelinho Carioca. Com sete anos, foi detetado por um olheiro da Juventus de São Paulo, mas pode considerar-se um produto da «cantera» do Corinthians.

De facto, Lucas passou pelo Timão nos anos cruciais dos escalões de formação, quando tinha 10 e 13 anos. Em 2005, já identificado como um talento de futuro, saltou para o São Paulo e foi no Morumbi que se confirmou como profissional.

Brilhou na «Copinha» (o mais importante troféus de juniores do Brasil) de 2010, ostenta, ainda hoje, o título de mais jovem goleador das categorias de base do São Paulo.

Em 2011, com apenas 18 anos, deu a prova final de que tinha condições de assumir lugar na equipa principal do São Paulo, ao somar nove golo e quatro assistências no Brasileirão.

Desde aí, foi sempre a subir. Ganhou lugar frequente nas convocatórias da seleção brasileira e Scolari só não o terá ainda promovido a titular, devido à lesão de que foi vítima.

Hulk foi titular na Confederações, mas Lucas Moura, que agora já marca no PSG, tem tudo para lutar por um lugar no onze do Brasil, até ao Mundial-2014.

LUCAS MOURA

Nome: Lucas Rodrigues Moura da Silva

Data de Nascimento: 13 de agosto de 1992 (21 anos)

Naturalidade: São Paulo

Altura: 1,72 metros

Peso: 81 quilos

Percurso: Corinthians (2002/2005), São Paulo (2005/2013) e PSG (2013)

Marcas relevantes: vitória na Confederações (2013), Sul-americano Sub-20 (2011), Taça Sul-Americana (2012), Liga Francesa (2013), terceiro melhor médio do Brasileirão em 2011

O primeiro golo de Lucas ao PSG