Se a passagem de Maurício Pinilla pelo Sporting não foi feliz, o que veio a seguir não foi muito melhor. Andou por Espanha (Racing Santander), Escócia (Hearts), Chile (Universidad), Brasil (Vasco da Gama) e Chipre (Apollon Limassol), mas em todas estas «paragens» houve poucos jogos e ainda menos golos. Foi na pacata cidade italiana de Grosseto que o chileno reencontrou a veia goleadora.
«Trabalhei muito antes de vir para cá, pois estive algum tempo sem competir. Fiz trabalho extra e estou muito contente. Espero continuar assim», disse Pinilla ao Maisfutebol
Chileno recorda «hat trick» em Braga
Em quinze jogos que realizou, o chileno apontou catorze golos. E com isto o desconhecido Grosseto, que cumpre a sua terceira época na Serie B, está a três pontos dos lugares que dão acesso ao escalão principal do futebol italiano. «É um clube pequeno, de uma cidade pequena, mas tem a aspiração de subir de divisão e ser mais conhecido», explica Pinilla.
Os golos arrastaram a cobiça de emblemas maiores, essencialmente da Serie A, mas o jogador não acredita numa transferência durante este mês de Janeiro. «É muito difícil. O clube declarou-me intransferível. A Udinese apresentou uma proposta de 3 milhões de euros, mas rejeitaram, e havia também interesse do Nápoles e do Génova. Não querem desfalcar a equipa, para lutar pela subida de divisão», explica.
«Portugal-Chile no Mundial era lindo. Comigo lá, era ainda melhor»
Pinilla está afastado da selecção chilena há algum tempo, mas a boa campanha que está a fazer no Grosseto alimenta a esperança de um regresso, ainda mais se tivermos em conta que é ano de Mundial.
«Não fiz qualquer jogo do apuramento, pois não estava a jogar. Seria um sonho voltar à selecção, e estar no Mundial. Mas se não acontecer, vou continuar a trabalhar», disse o avançado ao nosso jornal.
O Chile foi sorteado no Grupo H do Campeonato do Mundo, com a campeã europeia Espanha, a Suíça e Honduras. Pinilla assume, como seria de esperar, que a Espanha «é a selecção mais forte», mas defende que «todas as equipas são fortes, caso contrário não tinham conseguido o apuramento». «O Chile tem o seu mérito e acredito que pode fazer um bom Mundial. Seria bom, para abrir portas, e colocar mais jogadores no futebol europeu.»
O Grupo H cruza com o G, de Portugal, pelo que até é possível ter o Chile como adversário da equipa das quinas nos oitavos-de-final. «Seria lindo, pois conheço muitos jogadores. Comigo lá, então, seria ainda melhor», diz Pinilla.

Veja agora um vídeo com alguns golos de Pinilla, com a camisola do Grosseto: