Nessa entrevista, o presidente do FC Porto garantiu que não estava a negociar qualquer jogador. Mas salvaguardou a hipótese de algum clube chegar aos valores estipulados nas cláusulas de rescisão. «Não estamos a negociar ninguém. Quando dizemos que os nossos jogadores saem pela cláusula eles só saem pela cláusula. Aqui não saem a metade do preço. Não estamos a pensar em alterar o plantel», afirmou, há cerca de três semanas.
O clube portista informou esta quarta-feira ter vendido o passe de Otamendi ao Valência por 12 milhões de euros, três milhões menos do que metade da cláusula de rescisão, estipulada em 30 milhões de euros.
Otamendi, de resto, valorizou pouco no FC Porto.
O jogador chegou ao Dragão a 23 de agosto de 2010. De acordo com o
Relatório e Contas portista, custou quatro milhões de euros, por 50 por cento do passe. Assinou por cinco épocas.
Logo na altura da contratação ficou acordado que o FC Porto poderia adquirir os
restantes 50 por cento do passe ao Vélez Sársfield, por mais quatro milhões de euros. O que sucedeu a 6 de setembro de 2011.
Além deste valor, o clube pagou mais cerca de 600 mil euros de «encargos adicionais» («G
astos relacionados com as aquisições de
direitos económicos, nomeadamente encargos com serviços de intermediação, serviços
legais, prémios de assinatura de contratos, etc», explica-se na prestação de contas).
Tudo somado, o FC Porto gastou quase nove milhões de euros na compra de 100 por cento do passe de Otamendi. Três anos e meio depois vendeu-o ao Valência por mais três milhões e um valor variável que o comunicado não explicita como poderá ser atingido.
Otamendi é internacional argentino, tem 26 anos e poderá fazer parte da seleção argentina no Mundial 2014.
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