Claúdio Mejolaro, 31 anos, mais conhecido no mundo do futebol por Pitbull. Chegou a Portugal para representar o FC Porto proveniente do Grémio de Porto Alegre. Em conversa com o Maisfutebol nota-se a nostalgia e a simpatia com que o avançado recorda os Dragões. Não o disse, mas foi perceptível a mágoa quando relembrou que não fez qualquer golo com a camisola do Porto.


«É sempre bom o regresso ao clube que me lançou na Europa, devo muito ao Porto, tenho muitas saudades dos amigos que ficaram lá, mas sabe como é que é, somos profissionais e temos de fazer o melhor para o Gil Vicente neste momento. Mas tenho que dizer que sempre bate uma saudade dos amigos que ficaram lá», disse Pitbull ao nosso jornal, não desviando atenções do Gil Vicente, seu atual clube.


Não marcou com a camisola do Porto, nem marcou qualquer golo ao Porto. Garante que não está obcecado com isso: «É uma questão de jogo. Marcar ou não marcar, independentemente de ser o Porto ou não, para mim o importante é sempre marcar. Não teria gosto especial marcar, trata-se apenas de um jogo que relembra eu ter vindo para cá».


«Os adeptos ainda hoje me tratam bem»


Um jogo especial. É assim que Cláudio Pitbull fala do regresso ao Dragão, clube ao qual esteve ligado cinco épocas e meia: «Digo sim que este é um jogo especial contra o clube que me lançou na Europa. Bate a recordação do Dragão, saudade de um clube onde eu fui sempre bem tratado apesar de não ter jogado muito como gostaria. Até hoje fui e sou sempre bem recebido até pelos adeptos do Porto».


O silêncio ensurdecedor foi mais revelador do que mil palavras. Pitbull não marcou qualquer golo com a camisola azul e branca, apesar de ter jogado na Liga dos Campeões contra os italianos do Inter de Milão. «Acho que não cheguei a fazer nenhum golo oficial. Não fiz golos porque não joguei muito, joguei apenas oito jogos», referiu Pitbull ao Maisfutebol.


A curta passagem pelo FC Porto não deixa grandes recordações a Cláudio Pitbull a nível futebolístico. Ainda assim o jogador destaca a cordialidade com que foi tratado: «Tive dois treinadores, o Victor Fernández e o Couceiro. Foram passagens rápidas. Mais importante do que isso tudo é o respeito e o carinho que tenho pela cidade e pelo clube, e principalmente pelos adeptos que ainda hoje me tratam super bem. Tenho uma casa no Porto».


«O Gil Vicente tem um bom grupo»


Com cerca de duas semanas de trabalho ao serviço do Gil Vicente, Pitbull ainda espera pela estreia com a camisola dos Galos. «Se for no Dragão melhor ainda» refere o jogador que espera voltar a jogar com regularidade: «O mais importante é poder voltar a jogar regularmente, que é fazer aquilo que eu gosto».


Cláudio diz que é preciso um Gil Vicente muito concentrado para conseguir um bom resultado no Dragão, referindo que o FC Porto não perdoa: «Jogar no Porto nunca é fácil, todo o mundo sabe. Mas a gente acredita que pode conseguir um bom resultado. Vamos tentar fazer um bom jogo para conseguir alguns pontos, sabendo que em qualquer detalhe o Porto não perdoa».


Pitbull acredita que a juventude e experiência dos Gilistas pode ser uma arma para pontuar pela primeira vez no reduto portista: «O Gil Vicente tem um bom grupo, é uma mescla de jogadores experientes com jogadores mais jovens juntamente com um grande mister com um grande futuro pela frente, e por isso esperamos fazer um bom jogo e conseguir pontos».

[artigo original: 15h38]