A alcunha vem-lhe de um futebolista que já passou pelo FC Porto e é por ela que é conhecido. Uma das revelações da Liga, Pizzi destacou-se ainda mais com os três golos ao FC Porto (3-3), apontados neste domingo. «Davam jeito ao Sp. Braga», disse o extremo, emprestado pelos arsenalistas ao P. Ferreira.

Luís Miguel Afonso Fernandes é um nome demasiado longo para futebolista. Por isso, em Bragança, quando jogava com uma camisola do Barcelona, o extremo pacense começou a ser tratado por Pizzi pelos amigos.

O antigo avançado de Barça e FC Porto marcou apenas três golos no recinto dos dragões. Numa só noite, o português fez igual. E fazer igual numa só noite é fazer melhor.

«Foi a primeira vez que fiz um hat-trick na carreira», conta Pizzi ao Maisfutebol, num «dia atribulado», por tantas solicitações da imprensa.

O motivo de tanto falatório é simples: três golos no Estádio do Dragão e empate pacense perante um campeão que só tinha cedido quatro pontos até então. Tamanho feito individual será, claro, para guardar. «Gravei o jogo, já vi os golos, e achei que estive bem», considerou Pizzi, entre sorrisos audíveis.

«Espero que um golo do Sp. Braga chegue»

«Não é fácil fazer três golos no Dragão», constatou, para puxar da humildade: «Sem a ajuda dos meus companheiros não seria possível.»

Provavelmente, assim que pensou no que fez, Pizzi tinha noção de que o último golo do hat-trick tinha sido especial. «Foi o melhor da minha curta carreira», declarou o extremo cedido pelo Sp. Braga.

Ao Maisfutebol, o camisola 31 do Paços de Ferreira explicou o lance: «Quando o Amond me passou a bola olhei logo para a baliza e tive a intenção de rematar. Saiu bem.»

Como se disse, Pizzi está emprestado pelo Sp. Braga. Mas enquanto não se discute o futuro, até porque o extremo quer esperar pelo final da época, o 31 do Paços está do lado dos minhotos na final da Liga Europa, entre arsenalistas e FC Porto.

«Estes golos iam dar jeito ao Sp. Braga, mas espero que um baste para eles vencerem a Liga Europa», rematou.