No quadro de uma jornada de reflexão sobre a temática do racismo no desporto, organizada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, em Genebra (Suíça), o responsável reconheceu que os incidentes nos estádios não são mais que «a ponta de um icebergue» do que realmente se passa na sociedade.
«Não vim aqui para me desculpar, ou para desculpar o futebol, mas para apresentar o ponto de vista de um desporto que teve a coragem de pegar o touro pelos cornos e de fazer face ao desafio que representava o crescimento dos comportamentos discriminatórios. O futebol, o desporto mais popular no mundo, reflete a sociedade na qual prospera, os seus valores, mas também, infelizmente, os seus preconceitos, medos e desconfianças. É porque o futebol é o mais belo jogo do mundo, e além disso muito popular, que nós podemos, legitimamente, esperar que o exemplo que este deve dar terá reflexos positivos em toda a sociedade», afirmou.
Depois de a UEFA ter aumentado as sanções na primavera, seis clubes, entre os quais o Milan e o Dínamo de Zagreb, foram condenados, desde o início da época, a disputar um encontro da Liga dos Campeões com as bancadas parcialmente encerradas ou mesmo à porta fechada.
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