Platini anunciou que a UEFA não vai apoiar a FIFA nas intenções de reduzir as quotas de jogadores estrangeiros nas equipas. A explicação do presidente do organismo máximo do futebol europeu é simples: não quer encetar uma guerra com a União Europeia que sabe que não irá ganhar.
Joseph Blatter quer que as equipas passem somente a ter em campo cinco jogadores estrangeiros, mas as intenções do presidente da FIFA, embora apoiadas moralmente por Platini, chocam com as directivas comunitárias da Europa que protegem a livre circulação de trabalhadores. E o presidente da UEFA tem consciência da preponderância da política sobre o futebol.
«Disse ao presidente da FIFA que defenderei a sua posição como seu amigo, mas como presidente da UEFA não vou lutar por ela. É difícil para mim e tenho o apoio de todas as federações da UEFA que não querem introduzir algo que é impossível. A filosofia por detrás é boa, mas não vou queimar os dedos em Bruxelas», afirmou Platini citado pela agência Reuters.
Ao adiantar que «ainda é possível alcançar muitos dos mesmos objectivos através de outros meios», como as «proibições de transferências de menores e acordos entre os próprios clubes», o líder da UEFA prepara já o terreno para evitar um confronto com a FIFA no próximo congresso do organismo máximo do futebol Mundial, em Maio próximo.
Platini acredita mesmo que Blatter «não vai pedir uma votação sobre um assunto esvaziado» frisando que o presidente da FIFA «não será estúpido ou idiota o suficiente para sugerir uma votação que pode trazer dificuldades para uma das maiores confederações da FIFA».