O ministro Adjunto, Miguel Relvas, defendeu a candidatura do presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, a outro município de «interesse para o Norte», sem especificar qual a câmara e desvalorizando «impedimentos artificiais».

«Estou feliz que ele não possa ser candidato a Gaia. Porque espero que ele possa abraçar outro projeto de relevância e de interesse para o Norte», afirmou Miguel Relvas durante um jantar na junta de freguesia de São Pedro da Afurada, em Gaia, que reuniu perto de 100 pessoas.

O presidente da Câmara de Gaia anunciou a 12 de setembro que vai ser candidato à Câmara do Porto, numa decisão que disse ser «irrevogável».

Esta quarta-feira, Miguel Relvas desvalorizou «impedimentos artificiais» nas autárquicas do próximo ano, lembrando que «quem vai decidir é o povo que vota no dia das eleições e não aqueles que gostam de falar em nome do povo».

Admitindo que os «últimos 14 meses foram muito difíceis», Relvas defendeu ainda a «coesão económica e social» para enfrentar as dificuldades do país, lamentando os desequilíbrios entre o interior e o litoral.

Referiu ainda que o Governo deve ser julgado apenas «ao fim dos quatro anos» do seu mandato.

«O caminho que temos seguido é o caminho de quem sente que tem de criar a solução para o seu futuro», disse o ministro, que defendeu a criação de políticas que sejam capazes de gerar emprego, através da aposta nas empresas.

Relvas lembrou que, «ao longo de 2011», o executivo foi capaz de reduzir «a despesa do Estado em mais de 12 mil milhões de euros», destacando ainda como as exportações estão a «crescer mês após mês».

«Desenganem-se aqueles que pensarem que é com a crítica fácil que nos levam a baixar os braços», declarou, acrescentando que «não é com mais dívida que Portugal enfrenta os problemas» e que «quem quer ter uma vida fácil não está na vida pública».