O ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares recusa que haja alternativas às medidas contidas no Orçamento do Estado para 2013 e critica as apresentadas pelos partidos da oposição.
«Neste colete de forças imposto pelo resgate, não há espaço para ânimos fracos, estados de alma e profissionais da desistência. Não há lugar para países imaginários», afirmou, no Parlamento, num recado que também poderá ser entendido como dirigido a Paulo Portas.
«As ilusões de caminhos alternativos levam a um recuo de três décadas, são pura irresponsabilidade», continuou, garantindo que Portugal «acabaria fora da zona euro» se optasse por rasgar o acordo com a troika.
No seguimento da
estratégia também usada pelo ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, também no Parlamento, esta quinta-feira, Miguel Relvas lembrou ao PS que foram as suas «ilusões» e «fantasias» que obrigaram o Governo a exigir agora sacrifícios aos portugueses.
«Foram as ilusões e as fantasias que nos trouxeram a esta situação entre a espada e a parede. A oposição tem apresentado teses segundo as quais a austeridade é dispensável e ambas estão erradas», frisou.
Para Miguel Relvas, PS, PCP e Bloco de Esquerda vivem num «país imaginário que diz aos credores vão-se embora já, ou que mete os credores em sentido», com o renegociamento da dívida e o alargamento dos prazos de ajuda.
«Foi o anterior Governo que pediu o resgate e agora dizem que podemos bater o pé à Europa. No fundo, não têm soluções credíveis», resumiu.
Para o ministro, o PS «pretende sujeitar os portugueses a um segundo programa de resgate» e «não quer livrar-se da troika».
«Faltam 20 meses para terminar o programa e não vamos falhar na reta final. Desistir agora não é opção, seria um fracasso e condenava o país à bancarrota. O povo sabe que os sacrifícios que pedimos serão essenciais evitar um cenário bem mais amargo», concluiu.
Política
18 out 2012, 19:00
«Não há lugar para profissionais da desistência»
Miguel Relvas critica as alternativas apresentadas pela oposição. Recados também para Paulo Portas?
CP
Miguel Relvas critica as alternativas apresentadas pela oposição. Recados também para Paulo Portas?
CP
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