Ney Santos

Está em três golos e isso diz quase tudo. Cruzamento-remate da direita provoca o erro de Ventura e o empate a 2-2, cruzamento da esquerda apanha João Paulo nas costas de Jaílson e obriga o central do Portimonense a fazer o segundo penalty, novo cruzamento da direito encontra Henrique para o fechar do resultado, a 4-2. Decisivo e muito o lateral ofensivo que os sadinos repescaram em Braga há já muitos meses. O penalty sobre Lito, no fim, que valeu o terceiro dos algarvios, pareceu mais acidente que outra coisa.

Candeias

Sempre ele. É ele que conhece quase sempre o melhor caminho para a baliza adversária. Por isso, não estranha que desde o primeiro minuto os companheiros o tenham procurado e daí tenha vindo o bom arranque do Portimonense na partida. Foi dele o primeiro remate, e esteve em quase todas as jogadas de perigo dos algarvios. É daquela confiança toda que apresenta desde que foi lançado no F.C. Porto que renasce várias vezes durante os encontros, sempre com a fé inabalável de que vai conseguir aquilo a que se pretende. Só assim se justifica que, depois do apagão portimomense depois do 0-1, tenha crescido para as duas assistências que viraram pela primeira vez um jogo tão importante... antes de Ventura complicar tudo outra vez.

Neca

Começou muito bem a partida. Foi ele o autor do canto que originou a falta de João Paulo sobre Valdomiro no penalty que deu vantagem aos sadinos. Teve um cabeceamento perigoso (que acertou em Henrique) e uma oportunidade que não podia ter falhado depois de um excelente passe de Ney e mais uma escorregadela, desta vez literal, de João Paulo. Só tinha Ventura pela frente, rematou cruzado, mas foi ao lado. O 0-2 deixaria poucas dúvidas a todos os outros intervenientes, mas não apareceu. Com a segunda reviravolta e nova fase de controlo sadino, voltou a dizer presente.

Lito e Pitbull

É um extremo diferente de Candeias, e faz das diagonais um dos seus maiores trunfos. O primeiro golo resulta de um desses movimentos, em que deixou Miguelito para trás, sem bola, num print para o primeiro poste. Sem oposição surpreendeu de cabeça Diego, colocando-lhe a bola entre as pernas. Logo a seguir, de novo Candeias na esquerda e o corte para o segundo poste, onde, desta vez, estava Miguelito. Ainda sobreu o penalty que deu o terceiro aos visitados. Pitbull esteve concentrado nos dois penalties e, por isso, merece destaque. Ambos responderam bem quando chamados.

João Paulo e Ventura

Incrível. E não pelas melhores razões. João Paulo foi aposta de Azenha em detrimento de Di Fábio e só pode ter agarrado o lugar... no banco. Penalty descarado sobre Valdomiro e o primeiro amarelo, escorregadela poucos minutos depois a isolar Neca, que falhou, e finalmente, segundo penalty, também descarado sobre Jaílson, segundo cartão e expulsão. Em cheio! E que dizer de um dos frangos da época, o de Ventura. Incrível a forma como aborda o balão de Ney, com o corpo desequilibrado, e permite o empate a dois golos quando a partida também parecia controlada.