Theodoro Fonseca, acionista do Portimonense, foi multado em 610 euros pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) por exercer a atividade de empresário enquanto era dirigente desportivo.

Já o clube algarvio, foi condenado a pagar 6.120 euros e enfrenta um processo disciplinar por «falta de colaboração com a justiça desportiva». 

Em novembro de 2022, a Comissão de Instrutores da Liga propôs o arquivamento do processo de inquérito, mas o CD rejeitou a proposta e solicitou que o organismo realizasse «diligências de instrução» para apurar factos veiculados na comunicação social, nomeadamente o envolvimento de Theodoro Fonseca em várias transferências.

O dirigente, refira-se, foi um dos alvos do pirata informático Rui Pinto, através de documentos revelados pelo Football Leaks.

Já no início de janeiro, a Comissão de Instrutores apresentou novo relatório final, voltando a propor o arquivamento do processo de inquérito, que o CD determinou agora, instaurando ainda um processo disciplinar ao Portimonense. 

Ex-jogador, o atual acionista do Portimonense colaborou cerca de duas décadas com o empresário de jogadores Juan Figer e acabou por estabelecer-se no Japão em 1989. Theo, como é conhecido, era responsável por vários negócios de jogadores brasileiros para aquele país. 

Mais tarde, em 2008, Theodoro Fonseca entrou em Portugal à boleia da transferência de Hulk para o Dragão. De resto, está relacionado com vários negócios que envolvem o clube azul e branco.

O filho deste agente de jogadores, Theo Ryuki, chegou a jogar nos juniores do FC Porto antes de se mudar para o Portimonense. Esteve seis épocas ao serviço dos algarvios antes de deixar de jogar e de acompanhar o pai no ramo do agenciamento de futebolistas, mas viu o seu processo arquivado por prescrição.