Lucho González, Helton e Cristian Rodriguez foram espectadores ilustres num regresso ao passado no Dragão Caixa. O pavilhão azul e branco recebeu o F.C. Porto Vintage, uma colecção de figuras de outrora. Vitória por 11-10.

A equipa portista foi convidada a participar na quinta edição da Liga Fertiberia, prova que reúne as melhores equipas de Espanha, para além do F.C. Porto e do América do México. Os dragões receberam o Sp. Gijón, detentor do troféu, e visitam o D. Corunha no próximo mês.

Baía e a braçadeira de Hélton: «Aconteceu-me o mesmo»

Frente a Abelardo (ex-Barcelona) e companhia, a formação orientada por Luís Castro encantou a plateia. Perante 1.360 pessoas, Vítor Baía foi um gigante na baliza, Paulinho Santos demonstrou a habitual agressividade, Capucho passeou classe e Rui Barros correu como gente jovem.

Foi uma festa. Quando o público percebeu que Lucho González estava nas bancadas, brindou o argentino com uma ovação. A seu lado, Cristian Rodriguez. Mais abaixo, Helton. No piso sintético, com tabelas à medida e ferrugem pelo meio, o F.C. Porto de antigamente compensou alguma falta de rotinas frente a um adversário experiente.

Quente como sempre

Vítor Baía recebeu a maior saudação inicial e demonstrou a agilidade que o celebrizou. O Sp. Gijón, que viajou durante a tarde e regressou a Espanha logo após o jogo, esteve por cima na primeira metade mas acabou por sucumbir ao desaire.

Apesar do carácter amistoso, não faltaram as habituais picardias entre jogadores com sede de vitória e algum saudosismo. Nem faltaram as actuais caras de outros emblemas, como Pedro Emanuel (treinador da Académica) ou Mário Silva (ex-técnico do Boavista).

Capucho como dantes: «Já diziam que corria pouco»

Fernando Gomes envergou a braçadeira e compensou a falta de velocidade com um instinto assinalável. Na segunda parte, confirmou a reviravolta dos dragões com um lance de belo efeito. Picou a bola e rematou em rotação, para delírio dos adeptos.

Bandeirinha como novo

Este foi o ponto de viragem do jogo, com duas partes de 30 minutos. Pouco antes, o Sp. Gijón ficou agastado com um golo anulado e gerou-se um período tenso. O F.C. Porto respondeu com uma série de golos e não mais largou a vantagem. Bandeirinha (rejuvenescido), Bino e Mário Silva foram fundamentais na segunda linha.

O regresso ao passado terminou da melhor forma para os dragões. Entre os adeptos, surgiam suspiros por nomes que deixaram saudades e ainda podiam dar uma perninha.

João Pinto foi um dos «tecnicamente mais habilidosos

Vítor Baía, reforça-se, dificilmente será esquecido. Foi substituído no último minuto e levantou a plateia, ávida pelo seu regresso a funções activas no F.C. Porto.

Nomes e números

O F.C. Porto apresentou o seguinte cinco inicial: Vítor Baía; João Pinto, Paulinho Santos, Rui Barros e Fernando Gomes.

Jogaram ainda: Daniel Correia, Pedro Emanuel, Bandeirinha, Chaínho, Bino, Capucho, Mário Silva e Coelho.

Luís Miguel, Fernando Couto, André, José Carlos, Bessa, Paulo Menezes e Latapy não foram convocados para este encontro mas também vão disputar o torneio.

Capucho, Mário Silva (2 golos), Rui Barros (3), Paulinho Santos, Fernando Gomes, João Pinto, Bino e Bandeirinha marcaram os tentos da vitória portista por 11-10.

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