O abraço entre André Villas-Boas e Jorge Nuno Pinto da Costa, no Dragão Arena, durante o jogo da equipa feminina de voleibol do FC Porto, foi tema na conferência de imprensa de Sérgio Conceição, esta sexta-feira.

O técnico dos dragões recusou-se a colocar uma legenda nesse momento, mas reconheceu o simbolismo do gesto.

«Não tenho de meter legenda, um presidente perdeu as eleições, o outro ganhou. Penso que a passagem de testemunho vai acontecer, mas estou aqui como treinador, tenho de preparar a equipa, focar-me no que é importante que é o jogo amanhã de Chaves e viver à margem do ruído que existe neste período do nosso clube. Não há nada mais do que isso, mas gosto de ver duas pessoas a abraçarem-se, é bom sinal», sublinhou Conceição.

Questionado sobre as sensações face à mudança de presidente que vai entrar em curso, o treinador portista virou o foco para a equipa e salientou as dificuldades que tem enfrentado por não ter todo o plantel à disposição.

«Tenho de olhar para a equipa de futebol, perceber que, pelas lesões e castigos, estamos limitados. Não sou de, só porque o miúdo tem qualidade, metê-lo a jogar de uma forma a que depois queime as etapas que são necessárias. O exemplo do Martim entrar contra o Sporting. Entrou por eu achar que estava preparado, em função de um outro jogador. Para mim, em termos estratégicos, o Pepê jogar mais adiantado contra o Sporting era fundamental. Vejo essas mudanças, o que a equipa necessita… Se olharem para a linha defensiva que jogou no início da época e a de hoje… nem o Wendell, se calhar jogava mais o Zaidu», afirmou.

«Já tenho de me preocupar tanto com estas mudanças, depois a vida associativa do clube é a que é. Os sócios são soberanos e decidem. Tudo o que seja a mudança de acordo com o que é mais importante na vida de um clube, que são os sócios, estamos aqui como funcionários para dar o nosso melhor. Mas para se estar no FC Porto, e volto a repetir, não basta ter contrato. Aqui ninguém está agarrado a nada, há uma instituição acima de tudo e todos», rematou.