1- Se vencer o jogo com Cabo Verde a seleção soma a quinta vitória consecutiva sob o comando de Fernando Santos, depois da derrota no particular de estreia, com a França. A confirmar-se, esse resultado igualará a melhor sequência de Paulo Bento, que foi conseguida entre março e outubro de 2011. Antes disso, Carlos Queiroz conseguiu uma série de seis vitórias entre setembro de 2009 e março de 2010. O melhor registo do século XXI pertence a Luiz Felipe Scolari, com sete jogos seguidos a ganhar, em 2006. A melhor sequência de sempre, porém, remonta a 1966: nove vitórias seguidas, entre cinco particulares de preparação e quatro jogos da fase final do Mundial de inglaterra.



2- Mais de metade dos 23 convocados por Fernando Santos ainda não teve direito à estreia na seleção principal. Embora esse pleno seja altamente improvável, até porque haverá um limite de seis substituições, em teoria o Portugal-Cabo Verde desta terça-feira pode servir para o batismo de 12 novos internacionais, o que seria um recorde absoluto na história da seleção. Não contando com o primeiro jogo, em dezembro de 1921, onde os 11 utilizados eram obviamente estreantes, o jogo que deu mais novos internacionais à seleção aconteceu a 6 de abril de 1969, no estádio Nacional: um particular com o México (0-0) permitiu o batismo a oito jogadores, entre eles o histórico Vítor Damas. No século XXI, o jogo que deu mais novos internacionais aconteceu em novembro de 2002, com Agostinho Oliveira no comando: cinco estreantes, entre eles Tiago, que continua a fazer parte das opções habituais de Fernando Santos.



3- Moreirense (Marafona), Rio Ave (Tiago Pinto e Ukra) e Nacional (Lucas João) são os clubes portugueses que podem, pela primeira vez, ver jogadores seus representar a seleção principal. Desde o primeiro jogo da seleção, em 1921, há 37 emblemas lusos representados, e ainda o caso de um jogador (Eduardo Mourinha, em 1931) que representou a seleção a título individual, sem estar ligado a qualquer clube. Sporting (140 jogadores internacionais), Benfica (139) e FC Porto (112) são, sem surpresa, os clubes que dominam esta lista. Ao contrário de dragões, que não têm novos nomes nesta lista, os leões podem aumentar o registo com a provável estreia de Paulo Oliveira, que deverá formar dupla de centrais com o também estreante André Pinto (Sp. Braga). O Benfica também poderá aumentar o total, visto que Pizzi, não sendo estreante, nunca jogou na seleção enquanto jogador dos encarnados - fê-lo no Corunha e no Espanhol.



4- O último clube luso a dar um internacional a Portugal foi o Paços de Ferreira, com Antunes, em 2007. À parte os três grandes, o Belenenses é o clube que tem mais internacionais (61), mas as chamadas de Ventura e Rui Fonte quebram um longo jejum: desde 2002 (Neca) que nenhum jogador do Restelo joga pela principal equipa das quinas. Atrás dos azuis do Restelo seguem Boavista (36), Vitória de Setúbal (35), V. Guimarães (30) e Sp. Braga (30). O caso dos bracarenses é particularmente interessante, já que tiveram tantos internacionais nos últimos dez anos ( 15) como tinham tido entre 1921 e 2004.



5- No que diz respeito a clubes estrangeiros, o Kuban Krasnodar (Hugo Almeida) pode tornar-se o 80º emblema a dar jogadores à seleção, sendo o terceiro russo, depois do Dínamo Moscovo e do Zenit S. Petersburgo. Espanha (19 clubes) é o país mais representado, seguido de França, Inglaterra e Itália (11 clubes cada). O Deportivo da Corunha, com nove jogadores é o clube estrangeiro que mais internacionais deu a Portugal em toda a história, seguido do Valência e do Chelsea, com oito cada um. Ao todo, já clubes de 14 países deram jogadores à seleção. Humberto Coelho, ao serviço do PSG, em 1975, foi o primeiro emigrante a jogar de quinas ao peito – e com a braçadeira de capitão.



6- Anthony Lopes parte na frente para a baliza e deverá tornar-se nesta terça-feira o 54º guarda-redes a representar a seleção nacional. Mas Ventura e Marafona também são estreantes e podem elevar esse número, caso o selecionador decida não dar os 90 minutos ao guarda-redes do Lyon. Rui Patrício, há quatro anos e meio, foi o último guarda-redes a estrear-se na seleção – e o único lançado por Paulo Bento. Antes dele, Carlos Queiroz batizou quatro nomes para a baliza da seleção: Eduardo, Beto, Moreira e Hilário. Vítor Baía (80 jogos) é o mais internacional dos guarda-redes portugueses.



7- Este será o terceiro embate particular entre as seleções de Portugal e Cabo Verde, a única seleção dos PALOP que conseguiu não perder um jogo com a equipa das quinas. O primeiro aconteceu em 2006, na preparação para o Mundial, e terminou com goleada lusa (4-1). O segundo, quatro anos mais tarde, foi para preparar o Mundial da África do Sul e acabou com empate sem golos (0-0), na Covilhã. No que diz respeito aos restantes PALOP, Portugal jogou também três vezes com Angola (três vitórias, em 1989, 2001 e 2006) e duas com Moçambique (duas vitórias, em 1998 e 2010).