Um jogo de sentido único: em direção ao Europeu. A seleção sub-21 portuguesa cumpriu com todas as expectativas e superiorizou-se à Bielorrússia desde o primeiro ataque do jogo até à vitória final.

Um resultado que pode levar a seleção ao Campeonato da Europa já no próximo jogo frente a Chipre. Ainda assim, é com olhos no primeiro posto do grupo que se joga e jogou nesta noite no Algarve.

A equipa comandada por Rui Jorge mostrou-se superior em todos os aspetos sobre o adversário. A atacar, a defender, nas bolas paradas, na rapidez, no passe, enfim, em tudo aquilo que envolva um jogo de futebol. Tanto assim era que ao intervalo, quando já vencia por 2-0, a única crítica a fazer era mesmo uma injustiça para estes jovens futebolistas: como é que só tinham dois golos no marcador?

Essa era a observação final do primeiro tempo, até porque Portugal contou com ajuda dos bielorrussos. Na primeira vez que foi à área contrária, a seleção portuguesa marcou, pelos pés de Prishchepa. A jogada de Jota e Gedson baralhou tanto o defesa, que esta quase trocou os pés e meteu a bola na própria baliza.

Portugal já era melhor na teoria, era-o também na prática, mas mesmo assim a Bielorrússia resolveu dar uma mãozinha. A que levou Fábio Vieira à marca de penálti para o 2-0 num jogo que se resume de forma simples.

A seleção esteve quase sempre em ataque organizado. Procurou desequilíbrios pelo corredor central, procurou pela largura e muitas vezes conseguiu-os. Fosse com Diogo Dalot a subir pela direita e combinar com Fábio Vieira, fosse do lado oposto com Jota, Nuno Mendes e Gedson. Os remates foram muitos enquanto a melhor situação de jogo ofensivo da Bielorrússia no primeiro tempo foi… cortada por Florentino antes mesmos de o adversário ver a área de Diogo Costa.

As substituições

A vitória portuguesa nunca esteve em causa, mas o resultado final sim. Era preciso aumentar o score e Rui Jorge foi refrescando a equipa desde o intervalo, dando-lhe energia. Pedro Gonçalves foi o primeiro, seguiram-se-lhe Joelson, João Mário, Bragança e Gonçalo Ramos. Qualidade não faltava, portanto. Faltava era pontaria!

A vontade de chegar a mais golos levou a algumas precipitações do lado nacional. A busca incessante pelo 3-0 começou a tirar algum discernimento e isso permitiu à Bielorrússia ver por duas vezes a cor da camisola de Diogo Costa: numa deles, o guardião fez mesmo uma grande defesa.

Portugal tentou de muitas formas, com Joelson a bailar de um lado, Pedro Gonçalves a servir do outro, mas foi preciso um castigo máximo para se chegar ao 3-0 final. Gonçalo Ramos coroou a estreia nos sub-21 portugueses com um golo, de penálti, que fechou as contas do jogo.

As contas do apuramento, essas, não estão fechadas. Mas Portugal será sempre um dos cinco melhores segundos do grupo se vencer o Chipre, no próximo jogo, e isso levará a seleção ao Campeonato da Europa da categoria.

Ainda assim, pela qualidade que tem e pela ambição que deve ter, o primeiro lugar do grupo continua ao alcance, mesmo que ele não seja necessariamente preciso para chegar à prova da Hungria/Eslovénia.