Declarações de Fernando Santos, treinador da Seleção de Portugal, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após o empate a duas bolas diante da congénere da Tunísia:

[Análise ao jogo tendo em conta os muitos golos que a equipa tem vindo a sofrer] «Temos de ultrapassar isso rapidamente. Ontem e hoje falei muito com os jogadores e esperava que hoje não voltássemos a cometer os mesmos erros. A equipa consegue construir situações de golo, esteve bem a atacar durante um bom período de jogo, trinta a quarente minutos, mas depois mostrou outra vez o problema na transição. Quando perdeu a bola permitiu duas ou três vezes o contra-ataque ao adversário. Tínhamos alertado que a reação à perda é muito importante. Criámos muitas dificuldades ao adversário, obrigámos a errar, criámos problemas, mas é como digo; a equipa esteve bem ofensivamente mas sentiu dificuldades na transição. Na segunda parte não entrámos tão bem, estivemos um pouco mais passivos, criámos uma oportunidade extraordinário, mas não fizemos. Acabámos por sofrer um golo num lance que não pode acontecer. A primeira bola é difícil, mas a desatenção que permite que um adversário esteja sozinho a fazer um golo com mo pé na pequena área não pode acontecer. Não pode acontecer, temos de rever. Estou satisfeito com a atitude dos jogadores, mas o futebol não se resume só a um aparte, só à parte ofensiva».

[Disse que era Inadmissível sofrer aqueles dois golos. O que terá de ser feito de forma diferente? Culpa é da falta de rotinas?] «Estes jogadores jogaram quase todos o Campeonato da Europa. A equipa pode evitar o contra-ataque e não o fez, o jogo ficou equilibrado e acabámos por sofrer um golo num lance que não pode acontecer». [Rúben Dias?] Não se pode pôr a culpa em quem não a tem, são questões coletivas. Os jogadores sabem que ou são rápidos ou não podem largar a marcação. É um erro coletivo, responsabilidade minha».

[Zangado com o árbitro. Queria mesmo ganhar…] «Houve um equívoco com o árbitro. Perguntou-me o tempo de desconto, eu fiz três minutos e ele disse que era zero. Houve um mal-entendido, apenas isso».