Carlos Brás não se convence com o pré-aviso de rescisão colectiva apresentado pelos jogadores da Ovarense e acusa Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato de Jogadores, e ser um «incendiário quando devia ser um agente de pacificação» na questão dos salários em atraso.
Em comunicado Joaquim Evangelista reagiu às acusações feitas pelo presidente da Ovarense, na sede da Liga de Clubes, referindo que o Sindicato apoia «os seus associados sobretudo dando respostas às suas solicitações, mas com a salvaguarda da última palavra lhes pertencer» e por isso a decisão do pré-aviso de rescisão colectiva foi uma decisão dos jogadores, ressalvando que o clube de Ovar «não pagou sete meses de salários aos atletas que o representaram na época passada» e «relativamente à presente época, quatro jogadores que transitaram» receberam «um mês mais 30% de salários».
Carlos Brás acusa o Sindicato de estar a incentivar a ida de mais jogadores para o desemprego, ao que Joaquim Evangelista contrapõe com uma pergunta: «O que será melhor? Estar desempregado e ter a protecção legalmente consignada ou trabalhar sem receber?»
O presidente da Ovarense defende que os jogadores não sabem que a intenção do Sindicato é reduzir os campeonatos nacionais para 12 clubes participantes em cada competição, facto de Joaquim Evangelista volta a deixar uma questão no ar: «Será que é preferível um campeonato com 12 equipas integralmente cumpridoras ou com 18 em que seis são equiparadas à Ovarense?»