O FC Porto despediu-se da pré-época com mais uma vitória, a segunda esta quarta-feira.

Um triunfo construído nos últimos minutos do encontro, graças a uma segunda parte de grande nível com Soares a materializar a superioridade dos dragões.

Em suma, esta pré-temporada com Conceição ao leme mostrou um FC Porto em claro contraste com o passado recente. Com o novo técnico, os dragões versão 2017/18 são mais acutilantes e agressivos no bom sentido do termo, frise-se. Em largos períodos do jogo, os portistas mostram-se capazes de quase asfixiar o adversário.

Há espaço para crescer, claro está, ou não estivéssemos ainda numa fase embrionária da época. Ainda assim, pelo que se viu até então, o futuro mostra-se risonho. Venham as competições oficiais para provar se o que foi apresentado até agora é suficiente para acabar com a escassez de títulos que dura há quatro anos e para ombrear com os rivais Benfica e Sporting.

Para trás, fica uma pré-época sem derrotas a deixar água na boca.

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Esta quarta-feira, por exemplo, frente a um adversário inferior, os dragões voltaram a entrar com tudo. Assentes no 4-4-2- preconizado por Conceição, que juntou Marega com Soares na frente de ataque, o FC Porto chegou à vantagem logo aos três minutos de jogo. Grande passe de Otávio – um dos melhores dos portistas em Barcelos – e Soares com frieza a inaugurar o marcador.

Um arranque a todo o gás, algo que começa a ser regra para os lados do Dragão.

Esperava-se que os portistas continuassem avassaladores, capazes de continuar a desferir golpes sucessivos no adversário. Contudo, tal não acabou por suceder. Quiçá por alguma fadiga, visto que este foi o segundo jogo do dia, o Gil Vicente aproveitou para crescer na partida, embalado por Jonathan Toro. Um jogador que pede outros palcos, refira-se.

O crescimento dos homens de Barcelos, partiu o jogo. E foi, nesse período, que os gilistas se sentiram confortáveis no encontro e conseguiram mesmo chegar à igualdade. Depois de Fall ter atirado uma bola ao poste instantes antes, Toro conseguiu, com uma classe tremenda, bater José Sá.

O FC Porto sentiu o golo sofrido e não conseguiu voltar a ser capaz de remeter o adversário ao seu meio-campo ou de dominar o encontro. Mérito da formação de Jorge Casquilha, claro está.

Apenas na segunda metade, os portistas voltaram a surgir dentro daquele estilo que começa a caracterizar esta equipa: um apetite voraz pela baliza, sem pedir licença para invadir a muralha adversária quer pelos flancos quer pelo centro do terreno. E com ordem para disparar à mínima oportunidade.

Não conseguiram recolocar-se na frente mais cedo, por falta de acerto dos homens da frente. Mas estava dado o mote para a avalancha ofensiva que se viria a assistir por parte dos azuis brancos nos vinte minutos finais.

O segundo golo portista adivinhava-se e acabou mesmo por chegar já dentro dos últimos minutos de jogo. Soares, o goleador de serviço esta noite, teve arte e engenho para bater o jovem Rafa e abrir caminho ao triunfo do FC Porto.

Em período de descontos, e já depois de Sérgio Conceição ter dado minutos de jogo a outros elementos do plantel, Soares completou o hat-trick e fechou as contas do marcador.

A temporada é longa e dura, repleta de obstáculos. Resta agora aguardar pelo arranque das competições oficiais para perceber até onde pode chegar esta equipa dos Dragões.

As bases parecem já estar bem cimentadas.