O Benfica voltou a perder nesta pré-época, agora com o Hull City, do segundo escalão inglês. Rui Vitória aproveitou o jogo com os ingleses para mudar muito a constituição da equipa, descaracterizando-a e isso foi notório no rendimento, denotando muitas dificuldades em construir jogadas bem delineadas. Assim, não espantou a derrota com a antiga equipa de Marco Silva, que apenas sentiu dificuldades no assalto final do campeão nacional, quando foram lançados Zivkovic, Jonas e Seferovic. Os jogos de preparação servem para testes mas também importa os resultados e hoje, no Estádio Algarve, o Benfica, com tantas mudanças, colocou-se a jeito nesse aspeto.

Em relação ao jogo de quinta-feira e à equipa que começou o jogo com o Bétis, Rui Vitória manteve apenas Júlio César e Luisão, promovendo nove alterações, e dando a titularidade pela primeira vez nesta pré-época a Eliseu, Samaris, Carrillo, João Carvalho e Mitroglou (que chegaram mais tarde das férias) e ainda a André Horta e Buta.

As inúmeras alterações no onze não modificaram o habitual 4x4x2 que Rui Vitória tem privilegiado: Buta foi lateral-direito, André Horta jogou na posição "8" e e Diogo Gonçalves foi o extremo esquerdo, com João Carvalho mais adiantado, ao lado de Mitroglou e a fazer o papel de Jonas. Os outros jogadores ocuparam as suas posições frequentes.

As dificuldades do Benfica foram evidentes, com um futebol lento e previsível que levou a que o primeiro remate efetuado à baliza do Hull fosse aos, por André Horta: fraco e à figura. Mitroglou e João Carvalho, os mais adiantados foram facilmente anulados pelos ingleses, além de terem pouca bola.

Aos 33 uma perda de bola de André Horta para Hernandez, levou o uruguaio a correr em direção à área do Benfica para rematar à trave da baliza defendida por Júlio César.

O Hull colocou-se em vantagem na segunda-metade num grande golo de Bowen aos 59'.

O Benfica acusou o toque, Rui Vitória fez entrar em campo a artilharia e só na parte final, já com Jonas, Zivkovic e Seferovic em campo, é que os campeões nacionais aprofundaram o assalto à baliza inglesa.

Na última meia-hora de jogo os encarnados construíram as melhores jogadas e oportunidades para evitar a derrota, com destaque para um remate ao poste de Seferovic, aos 83 minutos. Mas foi muito pouco para evitar a derrota frente a uma equipa de segundo plano, mesmo com a atenuante das muitas alterações efetuadas por Rui Vitória.