Rasgadinho, feio, a roçar o limite da ética, mas José Mourinho bateu o Arsenal em Stamford Bridge (2-0) e, com a segunda vitória em seis jogos, recebeu um autêntico balão de oxigénio. Valeu um golo solitário de Zouma a abrir a segunda parte, mas o jogo fica marcado pela expulsão de Gabriel, antes do intervalo, de muitas provocações de Diego Costa. Cazorla também recebeu ordem de expulsão e os gunners acabaram o jogo reduzidos a nove.
 
Confira a FICHA DO JOGO
 
O jogo começou frio, com um cumprimento distante entre os treinadores. José Mourinho esperou pelo treinador francês à entrada do túnel, esticou-lhe a mão e o adversário correspondeu, mas desviando o olhar. Com a bola a rolar, as duas equipas colocaram-se em campo determinadas a não cometer erros, com sistemas táticos bem delineados e com poucos espaços para improvisos ou desequilíbrios.
 
O Chelsea, ainda assim, conseguiu algum ascendente e pode queixar-se de uma grande penalidade que terá ficado por marcar, aos 32 minutos, quando Gabriel Paulista agarrou Hazard em plena área. O jogo foi aquecendo e chegou ao intervalo da pior forma. Primeiro há uma agressão de Diego Costa a Koscielny, Gabriel mete-se no meio e os dois brasileiros pegam-se numa série de empurrões. O avançado do Chelsea foi picando o compatriota que acabou por perder a cabeça e atingiu Diego Costa, à frente do árbitro, com pontapé para trás.
 
O cumprimento frio entre Mourinho e Wenger
 
Depois de uma primeira parte marcada por equilíbrios, o Chelsea voltava em vantagem numérica para a segunda parte. Wenger lançou Calum Chambers para o lugar de Francis Coquelin e, curiosamente, o Arsenal entrou por cima do jogo, criando as primeiras oportunidades, mas foi o Chelsea que chegou ao golo num lance de bola parada. Livre de Fabregas, sobre a esquerda, e entrada de rompante de Zouma a cabecear para as redes de Petr Cech que esta tarde regressou a Stamford Bridge.
 
Em vantagem, o Chelsea tentou manter o jogo sob controlo, enquanto o Arsenal arriscava mais à procura do empate. O jogo estava mais aberto, mas uma entrada dura de Cazorla sobre Fabregas, aos 79 minutos, acabou definitivamente com as pretensões dos gunners que, reduzidos a nove, perdeu as esperanças de voltar a casa com pontos.
 
Mesmo a fechar o jogo, já em tempo de compensação Hazard «matou» definitivamente o jogo com o segundo golo do Chelsea. Depois de bater o Maccabi Tel Aiv (4-0) a meio da semana para a Champions, a equipa de Stamford Bridge voltou a vencer sem sofrer golos e Mourinho sorriu. Tudo resolvido?

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