O presidente da Liga não quis comentar diretamente a ameaça de greve na U. Leiria, que atravessa dificuldades financeiras, mas elogiou o modelo de licenciamento dos clubes portugueses.

«É um tema que nos preocupa a todos. Sabemos que o problema dos salários em atraso não é só de um clube e que atravessa outros clubes. Estamos a trabalhar em soluções no silêncio dos gabinetes, nas reuniões com os vários parceiros e pessoas interessadas», disse Mário Figueiredo, nesta segunda-feira, citado pela agência Lusa, à margem de uma conferência de imprensa, após uma reunião com a Associação Mundial de Ligas e com a Associação das Ligas Europeias.

«Temos um modelo que ultrapassa os standards mínimos e médios ao nível do licenciamento dos clubes a nível mundial no que diz respeito à sua própria responsabilidade financeira, pois estes têm de entregar duas vezes por ano certidões de que têm os salários em dia», lembrou o dirigente, acrescentando: «É possível evoluir sempre os mecanismos de licenciamento e podemos sempre melhorar aquilo que já existe, mas não podemos dizer que o atual não tem um nível razoável.»

Os jogadores da U. Leiria avançaram neste dia com um pré-aviso de greve, após reunião com o Sindicato, reclamando o pagamento de três meses de salários até sexta-feira, caso contrário não defrontam o Feirense no domingo. A crise por que passa o emblema leiriense refletiu-se, ainda, na rescisão de cinco atletas e na demissão do presidente da SAD João Bartolomeu.