François Hollande afirmou que não existirá nenhum regime de exceção para os clubes de futebol em relação ao imposto extraordinário de 75 por cento que o governo francês quer aplicar sobre os rendimentos acima de um milhão de euros.

«A lei fiscal é a mesma para todas as empresas», declarou o presidente francês, sem excluir a hipótese de «um diálogo sobre algumas das dificuldades que esta veio criar aos clubes».

Hollande disse ainda que aceitou um pedido para se reunir com o chefe da Federação Francesa de Futebol, Noel le Grat, sobre o super imposto, mas não vê motivo para criar uma exceção.

Recorde-se que, na sequência da aprovação desta «contribuição excecional de solidariedade» por parte dos deputados franceses, a União de Clubes Profissionais de Futebol já anunciou a intenção de fazer greve aos jogos agendados para o final de novembro. Caso se concretize, será a primeira greve na categoria profissional do futebol francês desde 1972.

Uma sondagem da televisão LCI revelou que oito em cada dez franceses estão a favor deste imposto extraordinário. Na sondagem, 83% dos inquiridos considera «injustificada» a greve convocada.

De acordo com as equipas da primeira divisão francesa, a nova lei poderá retirar-lhes cerca de 44 milhões de euros em impostos. Este cálculo foi feito com base nos altos rendimentos de cerca de 120 jogadores dos 14 clubes afetados.