Luís Figo anunciou esta quarta-feira que é candidato à presidência da FIFA.

«Gosto de futebol e o que vejo sobre a imagem da FIFA, não agora, mas nos últimos anos, não gosto», disse o antigo internacional português», disse numa entrevista à CNN.

Quando lhe perguntam por que se dispôs agora a sair da sua vida confortável para assumir esta candidatura, Figo responde assim: «Porque adoro futebol, preocupo-me com o futebol. Para mim é dar ao futebol o que o futebol me deu.»

O antigo jogador nega ainda estar na corrida à presidência do organismo que tutela o futebol internacional por questões monetárias e de reconhecimento público. Tive uma carreira fantástica, estou muito orgulhoso de ter jogado muito anos a um nível elevado. Não preciso deste tipo de publicidade para ser conhecido. Não estou a ser pago. Consigo pagar as minhas viagens e despesas», acrescenta.

O atual presidente, Joseph Blatter, recandidata-se ao cargo nas eleições de maio. «Ninguém é intocável. Se pensarmos isso, estamos errados», diz o antigo jogador, que defende uma mudança de liderança na FIFA, maior solidariedade e transparência, algo que, entende, não existiu nos processos que envolveram as candidaturas da Rússia e do Qatar às organizações dos mundiais de 2018 e 2022, respetivamente. «Senti que tinha chegado o momento da mudança e de fazer alguma coisa quando esses relatórios [n.d.r: com suspeitas de corrupção sobre as duas candidaturas] não foram publicados», refere.

Luís Figo e Blatter fazem parte de uma lista de seis candidatos, onde estão ainda Michael Van Praag, presidente da Federação holandesa, o antigo vice-secretário-geral da FIFA Jerome Champagne, o príncipe da Jordânia, Ali Bin Al-Hussein, e ainda o antigo internacional francês David Ginola. 

O prazo limite para entrega das candidaturas é esta quinta-feira.