Poucas semanas depois de ter assumido o estatuto de nova «coqueluche» do Schale, ao garantir a vitória sobre o Nuremberga para a Taça da Alemanha, Julian Dexler viu-se envolvido numa enorme polémica. A notícia de que o médio de 17 anos tinha abandonado a escola gerou várias frentes de indignação, ao ponto de obrigar o jogador a tirar os livros do armário.

À medida que ia conquistando a confiança do técnico Felix Magath, Dexler ia descuidando os estudos. Ainda no primeiro semestre do presente ano lectivo decidiu abandonar a escola que frequentava em Gladbeck, a sua terra natal, localizada a 15km de Gelsenkirchen. Queria concentrar-se no futebol, e parecia ter o apoio do treinador. Magath terá dito que Dexler não precisava de estudos, já que se preparava para ter quinze ou vinte anos de carreira brilhante pela frente.

A questão é que Dexler está ainda dentro da escolaridade obrigatória, algo que o Ministério da Educação da Alemanha fez questão de recordar. O jogador do Schalke tem de estudar pelo menos até 2012, e o futuro deve passar por um estabelecimento de ensino localizado próximo da Arena de Gelsenkirchen. «Já estiquei a mão há muito tempo, e o Julian mostrou-se disponível para vir para a nossa escola. Mas primeiro tenho de falar com ele e com os pais. Até ao momento ainda não pediram a entrevista de admissão», disse Georg Altenkamp, director da escola.

Esta parece a solução ideal, já que o estabelecimento de ensino tem protocolos com o clube e com a própria federação alemã, que teve de vir a público defender o regresso de Dexler à escola. «Entendo que é extremamente triste que ele tenha abandonado a escola. A carreira pode ficar condicionada por uma lesão», disse Matthias Sammer, director desportivo da selecção alemã.